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Dow e S&P 500 cedem com receio de desaceleração da retoma. Mas Nasdaq vai a recordes
As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em terreno negativo, com exceção do Nasdaq. A pressionar o sentimento dos investidores estiveram os receios em torno de um ritmo mais lento da retoma económica, o que ofuscou a expectativa de que a Fed mantenha a sua estratégia acomodatícia durante mais algum tempo.
Os mercados acionistas dos EUA reabriram, depois da comemoração no arranque da semana do feriado do Labor Day, com uma tendência de baixa, com exceção do Nasdaq.
O índice industrial Dow Jones terminou o dia a ceder 0,76%, para 35.100,93 pontos. Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 recuou 0,34%, para 4.520,03 pontos.
Os investidores receiam uma desaceleração da retoma económica dos EUA, o que penalizou o sentimento no mercado – ofuscando assim a expectativa de que a Reserva Federal norte-americana mantenha a sua estratégia acomodatícia durante mais algum tempo. Ou seja, que adie um pouco mais a retirada gradual [tapering] dos seus estímulos (compra de dívida).
Os sectores mais sensíveis à evolução da economia, como a indústria, imobiliário e matérias-primas lideraram as perdas do Dow e do S&P 500.
A Boeing esteve entre as quedas, a desvalorizar 1,81% para 214,24 dólares, depois de a irlandesa Ryanair ter dito que cessou as conversações com a construtora aeronáutica norte-americana no sentido de comprar 10 aviões 737 MAX, no valor de dezenas de milhares de milhões de dólares, devido a divergências em torno do preço.
Também a Amgen e a Merck cederam terreno, contribuindo para pressionar o setor das farmacêuticas no Dow Jones, depois de o Morgan Stanley ter cortado a recomendação das suas ações, de "overweight" [em que se recomenda que a ação tenha um peso acima da média na carteira de investimentos] para "equal weight" [que a ação tenha o mesmo peso que a média das restantes no portefólio].
Nasdaq em recordes
Em contrapartida, o tecnológico Nasdaq Composite conseguiu manter-se no verde e fechou a ganhar 0,07% para 15.374,33 pontos, o que constituiu um recorde de fecho. Durante a sessão atingiu um máximo histórico nos 15.403,44 pontos.
O índice foi ajudado pelos ganhos de cotadas como a Amazon, Facebook, Apple e Alphabet (dona da Google), que normalmente têm um desempenho melhor num contexto de baixas taxas de juro – e por enquanto não há sinais de que a Fed as vá subir em breve.