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Crude atinge novo recorde nos 60 dólares

O crude valorizou mais de 3% alcançando, assim, a fasquia histórica dos 60 dólares por barril, perante receios de que a produção das refinarias não vai ser suficiente para satisfazer a procura por gasolina nos EUA durante o Verão.

23 de Junho de 2005 às 18:52
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O crude valorizou mais de 3% alcançando, assim, a fasquia histórica dos 60 dólares por barril, perante receios de que a produção das refinarias não vai ser suficiente para satisfazer a procura por gasolina nos EUA durante o Verão.

O crude valorizava 2,94% para os 59,80 dólares mas chegou a subir mais de 3% tocando um novo máximo nos 60 dólares em Nova Iorque.

Já o «brent», transaccionado em Londres, somava 3,16% para os 58,38 dólares depois de ter valorizado um máximo de 3,27% para os 58,43 dólares, perto do valor mais elevado de sempre (58,58 dólares) alcançado dia 20 de Junho.

Segundo o Departamento de Energia, a procura nos EUA por destilados, uma categoria que inclui petróleo para aquecimento e gasóleo, aumentou 6,9% nas quatro semanas que terminaram dia 17 de Junho quando comparando com o período homólogo. Os produtores de petróleo, como a Organização dos Países Exportadores do Petróleo (OPEP) já estão com falta de capacidade para aumentara produção da matéria-prima.

O petróleo chegou ontem a cair mais de 1%, em Nova Iorque e Londres, após o Departamento de Energia dos Estados Unidos ter anunciado que as reservas caíram menos do que o esperado.

As reservas de petróleo caíram 1,58 milhões de barris para os 327,4 milhões, quando os analistas contactados pela Bloomberg previam uma queda de dois milhões de barris. Os «stocks» de gasolina subiram 197 mil barris, quando se esperava um aumento de 25 mil. E os inventários de combustíveis destilados, onde se inclui o «diesel» e o gasóleo para aquecimento, subiram 1,37 milhões de barris quando se estimava um acréscimo de 1,95 milhões.

No entanto, o petróleo regressa hoje aos ganhos porque estamos numa altura do ano em que a procura de «diesel» cresce muito devido ao aumento das viagens no período de férias de Verão, ao mesmo tempo que os fabricantes têm de começar a aumentar a produção de gasóleo para aquecimento, porque o mercado começa a adquirir este combustível para armazenar com o objectivo de ter disponível para o Inverno.

Neste sentido, a OPEP está a produzir quase o máximo de crude possível para impulsionar os inventários na preparação para a subida da procura no quarto trimestre, deixando pouca margem de manobra para produção adicional caso os fornecimentos sejam interrompidos.

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