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Citigroup recomenda trocar ações europeias por mercados emergentes
As ações europeias são menos apetecíveis, de acordo com os analistas, que recomendam uma diversificação do portfólio com mais ações nos mercados emergentes.
O índice de surpresa económica do banco mostra um padrão de desapontamento na Europa, embora permaneça sólido em mercados emergentes, escreveram estrategas como Jeremy Hale, num relatório sobre alocação de ativos.
Ao mesmo tempo, as expectativas de crescimento dos lucros na Europa são as mais altas entre mercados desenvolvidos e correm risco de cair, disseram.
"Achamos que faz sentido cortar alguns riscos específicos de mercados desenvolvidos num momento em que as probabilidades de curto prazo indicam que alguns índices de surpresa económica regionais estão novamente a ficar negativos, liderados pela Europa", escreveram.
"Em renda variável, continuamos ligeiramente 'overweight' em geral, mas recomendamos a rotação de ações europeias para ações de mercados emergentes devido às tendências de dados relativos".
Um indicador da economia europeia caiu inesperadamente em setembro a meio do ressurgimento de casos de coronavírus, o que diminuiu o entusiasmo de investidores em relação às ações da região. O índice Stoxx Europe 600 caiu mais de 3% nos últimos 2 meses, enquanto o indicador MSCI Emerging Markets mostrou pouca variação.
Um ponto positivo para as ações de países em desenvolvimento é o potencial de um dólar mais fraco, acrescentaram.
"Os fundamentos para o dólar permanecerão sem suporte no médio prazo", escreveu a equipe do Citi. "Isso é positivo para ativos de risco de mercados emergentes".
Noutros mercados, os analistas colocaram a dívida corporativa de alto rendimento dos EUA com recomendação "underweight", mantendo a preferência por títulos com grau de investimento. A equipa elevou a recomendação para a alocação em ouro.