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Carlos Tavares pede mudança de cultura no mercado de capitais

O desenvolvimento do mercado de capitais português terá de passar por uma mudança de mentalidade das empresas e dos intermediários financeiros, defendeu Carlos Tavares, presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) numa conferência promo

27 de Junho de 2006 às 07:56
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O desenvolvimento do mercado de capitais português terá de passar por uma mudança de mentalidade das empresas e dos intermediários financeiros, defendeu Carlos Tavares, presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) numa conferência promovida pelo ISEG.

O responsável diz que as empresas portuguesas têm de se aperceber que "na economia de hoje, o small não é beautiful, é antes um sinal de fraqueza" e que o crescimento poderá passar pelo recurso ao mercado de capitais.

"Há que interiorizar que estar no mercado é um factor de competitividade", afirmou Carlos Tavares, acrescentando que as empresas não devem escudar-se nas questões dos custos e da informação a prestar para não entrar em bolsa.

"Por uma simulação que fizemos para uma emissão de 100 milhões de euros em acções, o custo de admissão à cotação seria de 24 mil euros e a manutenção em bolsa custaria 13 mil euros por ano, um valor irrisório", disse.

Em relação às informações a prestar, o presidente da CMVM referiu que a nova directiva da transparência irá reduzir as obrigações das PME no que toca às contas. Do lado dos intermediários também é preciso que haja mais interesse em facilitar o acesso das empresas ao mercado, afirmou Carlos Tavares.

O presidente da CMVM diz também que neste caso é "partidário de um conjunto de incentivos para atrair empresas" mas referiu que o papel do Estado não dever ser só o de fornecer subsídios.

"É antes o de melhorar o ambiente de negócios e facilitar as operações para as empresas poderem ir ao mercado rapidamente buscar fundos".

Mais céptico em relação ao mercado está João Duque, professor do ISEG especializado em finanças, que referiu que o crescimento da bolsa portuguesa "não será à custa das emissões das PME" e que será na "área da gestão de activos que vai residir o maior avanço".

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