A bolsa nacional depreciava essencialmente devido às quedas do BCP e da EDP. O PSI-20 recuava 0,15%, numa altura em que a PT contrariava a tendência e evitava maiores perdas.

O principal índice nacional [psi20] recuava para os 8.226,92 pontos com 11 acções a cair, cinco a subir e quatro inalteradas.

O Banco Comercial Português (BCP) [bcp] cedia 0,48% para os 2,09 euros, depois de ter anunciado que a partir de 15 de Janeiro vai contar com mais 330 milhões de acções em bolsa isto porque os valores convertíveis do banco, os VMOC, vencem a 30 de Dezembro e as acções do BCP serão depositadas nas contas dos titulares 15 dias após a data de vencimento. O banco vai realizar um aumento de capital.

A Energias de Portugal (EDP) [edp] desvalorizava 0,39% para os 2,54 euros, um dia depois de ter anunciado que adquiriu à E.D.F. International 1,11% do capital social da Tejo Energia – Produção e Distribuição de Energia Eléctrica por um valor global de 1,4 milhões de euros.

A contrariar as quedas seguia a Portugal Telecom (PT) [ptc] ao subir 0,37% para os 8,12 euros. A Mobile Telecommunications já recomendou ao Ministro das Comunicações Joel Kaapanda qual a empresa que deve ser seleccionada para comprar uma posição de 34% na operadora da Namíbia, sendo que a escolha será entre o MTN Group e a Portugal Telecom.

A operadora nacional chegou a subir cerca de 1% esta manhã devido à notícia de que a Comissão Europeia (CE) abriu um processo para averiguar a legalidade da «golden share» do Estado na PT e a sua compatibilidade com as leis da União Europeia.

O ministro das finanças diz não estar «muito preocupado» com o processo levantado por Bruxelas por causa da «golden share» que o Estado português detém na Portugal Telecom e afirmou que Portugal não pode ser discriminado neste caso, face aos outros países europeus.

A Sonae SGPS [son] recuava 0,67% para os 1,48 euros, no dia em que se soube que a empresa, através da Modelo Investimentos Brasil, chegou a acordo com a Wal-Mart, maior retalhista do mundo, para a venda da totalidade da sua participação na Sonae Distribuição Brasil por 635 milhões de euros, um valor que ficou em linha com as estimativas.

Segundo a empresa, a decisão da venda das 140 lojas da Modelo Continente no Brasil foi influenciada «pela dificuldade da operação em apresentar níveis de rendibilidade superiores ao elevado custo do capital empregue naquele mercado», sobretudo devido «às elevadas taxas de juro reais verificadas ao longo dos últimos anos, que colocaram o custo do capital em patamares extremamente elevados».

As acções da Modelo Continente [mcon] subiam2,03% para 2,03 euros.