Notícia
Bolsa da Grécia recua 5% e afunda pela sexta sessão consecutiva
Um deputado de um dos partidos da coligação anunciou que passou a ser independente e vai votar contra as medidas de austeridade. A incerteza política na Grécia e as dúvidas em relação à economia continuam a pressionar a bolsa de Atenas.
A bolsa da Grécia afundou hoje mais de 5% e deu continuidade a um ciclo de seis sessões consecutivas de deslizes. A incerteza política e as suas consequências no programa de ajustamento económico é o motivo para a queda.
O índice geral ASE perdeu 5% para os 761,24, acumulando uma desvalorização de 14% neste período. Já o índice reduzido, o FTSE/ASE 20, recuou 6,48% para os 274,33 pontos.
Os grandes bancos registaram perdas na ordem dos dois dígitos. O Pirareus Bank caiu 16%, o National Bank of Greece perdeu 12%, o Alpha Bank desvalorizou-se 11% enquanto o Eurobank Ergasias cedeu 10%, segundo dados disponibilizados pela Bloomberg.
O cenário não foi muito diferente fora da banca, com a eléctrica Public Power a ceder 11% para os 3,95 euros, depois de já ontem ter recuado 7,1%, como refere a agência.
Previsões pessimistas
Ontem, o governo grego anunciou as estimativas para a economia grega nos próximos anos e indicou que prevê uma contracção do produto interno bruto (PIB) de 4,5% para 2013, com crescimento expectável apenas no ano seguinte. A ideia de que a recessão económica vai ser agravada, juntamente com a subida do rácio da dívida pública para 189,1% do PIB no próximo ano, trouxe receios para a economia.
Além disso, a Grécia reduziu a meta das receitas a alcançar com a privatização de activos, esperando agora 2,6 mil milhões de euros no próximo ano. A questão foi discutida no parlamento e aprovada por 148 dos 293 deputados presentes.
Coligação em risco
"A partir do momento em que 30 deputados dos dois partidos mais pequenos da coligação não apoiaram a legislação, houve uma crescente especulação, ontem à tarde, relativamente à coesão da coligação governamental, isto num momento em que se antecipa a votação crucial no orçamento e nas reformas estruturais, na próxima semana", considerou à agência Bloomberg Manos Giakoumis, da Euroxx Securities. Na próxima semana, será votado o pacote de austeridade de 13,5 mil milhões de euros que o governo está, há meses a negociar com a troika, para receber a próxima parcela da ajuda externa.
O governo helénico tem o apoio do Nova Democracia, o partido do primeiro-ministro Antonis Samaras, do socialista Pasok, do anterior governo, e do Esquerda Democrática. Neste momento, o Nova Democracia conta com 127 assentos parlamentares, a que se juntam os 33 deputados do Pasok e os 16 do partido mais à esquerda do espectro político. Ao todo, são 175 deputados das forças que apoiam o governo.
Mas este número vai ser reduzido. O socialista Michailis Kassis anunciou que vai deixar o partido antes da votação das medidas de austeridade, reduzindo o número de deputados da coligação para 174 em 300 possíveis. Contudo, como salienta a Associated Press, também os deputados do Esquerda Democrática assinalaram que votam contra aquele pacote de austeridade se incluíram as medidas de reforma laboral.
Estas notícias têm intensificado a especulação de que possa ser difícil aprovar mais medidas de austeridade na Grécia, já atingida por medidas de contenção orçamental há vários anos. O país destrói riqueza há já cinco anos consecutivos.
O índice geral ASE perdeu 5% para os 761,24, acumulando uma desvalorização de 14% neste período. Já o índice reduzido, o FTSE/ASE 20, recuou 6,48% para os 274,33 pontos.
O cenário não foi muito diferente fora da banca, com a eléctrica Public Power a ceder 11% para os 3,95 euros, depois de já ontem ter recuado 7,1%, como refere a agência.
Previsões pessimistas
Ontem, o governo grego anunciou as estimativas para a economia grega nos próximos anos e indicou que prevê uma contracção do produto interno bruto (PIB) de 4,5% para 2013, com crescimento expectável apenas no ano seguinte. A ideia de que a recessão económica vai ser agravada, juntamente com a subida do rácio da dívida pública para 189,1% do PIB no próximo ano, trouxe receios para a economia.
Além disso, a Grécia reduziu a meta das receitas a alcançar com a privatização de activos, esperando agora 2,6 mil milhões de euros no próximo ano. A questão foi discutida no parlamento e aprovada por 148 dos 293 deputados presentes.
Coligação em risco
"A partir do momento em que 30 deputados dos dois partidos mais pequenos da coligação não apoiaram a legislação, houve uma crescente especulação, ontem à tarde, relativamente à coesão da coligação governamental, isto num momento em que se antecipa a votação crucial no orçamento e nas reformas estruturais, na próxima semana", considerou à agência Bloomberg Manos Giakoumis, da Euroxx Securities. Na próxima semana, será votado o pacote de austeridade de 13,5 mil milhões de euros que o governo está, há meses a negociar com a troika, para receber a próxima parcela da ajuda externa.
O governo helénico tem o apoio do Nova Democracia, o partido do primeiro-ministro Antonis Samaras, do socialista Pasok, do anterior governo, e do Esquerda Democrática. Neste momento, o Nova Democracia conta com 127 assentos parlamentares, a que se juntam os 33 deputados do Pasok e os 16 do partido mais à esquerda do espectro político. Ao todo, são 175 deputados das forças que apoiam o governo.
Mas este número vai ser reduzido. O socialista Michailis Kassis anunciou que vai deixar o partido antes da votação das medidas de austeridade, reduzindo o número de deputados da coligação para 174 em 300 possíveis. Contudo, como salienta a Associated Press, também os deputados do Esquerda Democrática assinalaram que votam contra aquele pacote de austeridade se incluíram as medidas de reforma laboral.
Estas notícias têm intensificado a especulação de que possa ser difícil aprovar mais medidas de austeridade na Grécia, já atingida por medidas de contenção orçamental há vários anos. O país destrói riqueza há já cinco anos consecutivos.