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BCP e EDP em «ex-dividendo» levam PSI-20 a descer 0,87%

A bolsa nacional fechou em queda, pressionada pelo facto de quatro empresas estarem a negociar hoje em ex-dividendo – EDP, Jerónimo Martins, Altri e Corticeira Amorim. O PSI-20 desceu 0,87%, com a queda do Banco Comercial Português, após a apresentação de

25 de Abril de 2006 às 16:50
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A bolsa nacional fechou em queda, pressionada pelo facto de quatro empresas estarem a negociar hoje em ex-dividendo – EDP, Jerónimo Martins, Altri e Corticeira Amorim. O PSI-20 desceu 0,87%, com a queda do Banco Comercial Português, após a apresentação de resultados, também a pressionar o índice.

O PSI-20 fechou a valer 10.180,97 pontos, com nove acções a subir, sete em queda e quatro inalteradas. Nas praças europeias a parte inicial da sessão foi marcada por subidas consideráveis, mas os índices foram perdendo terreno ao longo do dia, para fecharem em terreno misto.

O facto de ser feriado em Portugal não impediu que a bolsa nacional voltasse a registar um dia de liquidez razoável, com o volume de negócios das cotadas do PSI-20 a ascender a 160 milhões de euros.

A queda da bolsa portuguesa – a maior desde 28 de Fevereiro - ficou a dever-se sobretudo a motivos técnicos, com várias empresas a descontarem o valor do dividendo que vão pagar na próxima sexta-feira.

A Energias de Portugal foi o título que mais pressionou a bolsa, com uma desvalorização de 3,06% para os 3,17 euros. As acções da eléctrica passaram hoje a negociar sem direito ao dividendo bruto de 10 cêntimos que vai ser pago a partir de 28 de Abril. A Jerónimo Martins também vai pagar o seu dividendo, de 0,42 euros, a partir de sexta-feira, o que justifica o facto de as acções da retalhista terem fechado em queda de 1,17% para 14,42 euros.

Ainda em ex-dividendo estão hoje as acções da Altri – subiu 0,51% para 3,92 euros – e da Corticeira Amorim, que desvalorizou 1,83% para os 2,15 euros.

Ainda a pressionar a bolsa esteve o Banco Comercial Português, com uma desvalorização de 1,2% para 2,47 euros. O banco liderado por Paulo Teixeira Pinto anunciou ontem que os resultados líquidos do primeiro trimestre aumentaram 44% para 199 milhões de euros, um valor que ficou ligeiramente abaixo do previsto pelos analistas.

Na conferência de imprensa para apresentação dos resultados, o presidente do banco anunciou que não é intenção do banco rever o valor da oferta ao BPI, mas também disse que «não vamos fazer qualquer pré-anúncio de alteração dos termos da OPA».

O Dresdner Kleinwort Wasserstein diz que os resultados do BCP no primeiro trimestre mostram uma tendência de melhoria mas acredita que o foco do mercado está na OPA ao BPI. A este respeito, o banco de investimento atribui uma probabilidade de sucesso de 65% à operação, caso o BCP suba o preço da OPA para 6,30 euros.

Depois do BES e do BCP, as apresentações de resultados vão prosseguir a bom ritmo esta semana. Amanhã o BPI, Media Capital, Novabase e Altri apresentam as suas contas, na quinta-feira será a vez da Cofina e Impresa e na sexta-feira a Brisa e a Sonaecom anunciam os números do primeiro trimestre deste ano.

A Lisbon Brokers estima que a Sonaecom registe, no primeiro trimestre deste ano, um lucro na ordem dos 100 mil euros, um valor que representa uma queda significativa em termos homólogos quando comparado com os 4,6 milhões de euros obtidos no primeiro trimestre de 2005.

Já a Brisa, deverá, segundo a mesmo casa de investimento, reportar uma quebra de 20,2% nos seus lucros devido à diminuição nas receitas totais e nas receitas das portagens.

A empresa que está a lançar a OPA à PT fechou a descer 0,47% para 4,25 euros, enquanto a concessionária de auto-estradas cedeu 0,12% para 8,53 euros, depois de ontem ter atingido um máximo histórico na sequência da fusão entre a Abertis e a Autostrade.

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