Notícia
Análise Técnica: Brisa
Brisa 25/10/2000
Depois de na primeira semana de Junho ter conseguido romper a resistência forte de 8,1 euros (1624$), a Brisa explodiu (mais uma vez) para perto dos 8,7 euros (1744$) em apenas dois dias de negociação. Seguiu-se uma tomada de mais valias que acabou por desenhar uma bandeira, que geralmente se desenrola "a meia haste", ou seja, a metade do movimento ascendente. O movimento do dia 16 de Junho, com a bandeira a ser quebrada em alta, colocou o papel numa posição "bull", com preço alvo a 8,9 euros (1784$).
Este preço foi confortavelmente batido pouco tempo depois. Na análise de 13 de Julho, com a Brisa a cotar nessa altura acima dos 9,5 euros (1905$), média móvel de volumes em alta e oscilador de Klinger sem divergências em relação ao preço, referimos que a tendência de alta tinha um aspecto "saudável". O stop que sugerimos na altura a 9,45 euros (1895$) nunca foi quebrado e a 1 de Agosto a Brisa ficou a um cêntimo da resistência evidente de 10 euros (2005$). Nesse momento, o stop de protecção deveria situar-se perto dos 9,8 euros (1965$00).
A
quebra que se verificou nos dias seguintes era quase inevitável e estava
perfeitamente assinalada nos gráficos. Para além do significado histórico e
psicológico da resistência de 10 euros (2005$), onde faria todo o sentido que
se verificasse a tomada de mais valias, foi evidente a quebra de volumes e a
divergência entre o preço e o
oscilador de Klinger.
Na
análise que publicámos em Julho apontámos para uma quebra até 9,1 euros
(1824$). A 23/8, a cotação da Brisa atingia um mínimo de 9 euros (1804$)! A
recuperação que se seguiu era natural e previsível, pelos mesmos motivos que
a queda imediatamente anterior. Contudo, e se bem que entre 5 e 8 de Setembro a
Brisa tenha atingido um máximo de 9,8 euros (1965$), assinalámos na altura uma
situação técnica muito má, com volumes em quebra e a divergir com a evolução
do preço, o segundo máximo de cotação (9,8 euros ou 1964$) abaixo do
primeiro (10 euros ou 2005$), o que é geralmente um sinal de fraqueza, e o
Money Flow a divergir violentamente (cotação a subir e Money Flow a descer). O
oscilador de Klinger não mostrava nenhuns sinais de reacção, fruto dos baixos
volumes...
No
dia 13 de Setembro, com a cotação nos 9,7 euros (1945$), publicámos uma análise
em que estávamos NEGATIVOS em relação ao papel, aguardando um teste dos 9,4
euros (1885$) no curto/médio prazo, e nove dias depois a Brisa testava os 9,3
euros (1865$)!
Em
Agosto e Setembro a Brisa consolidou num triângulo simétrico que, ao quebrar
nmo sentido das descidas, marcou uma queda com preço alvo de 8,2 euros (1644$).
Contudo, e tendo em conta a importância (mais uma vez) da linha de suporte de 9
euros (1804$), pode perfeitamente acontecer que, tal como está a acontecer para
já, o triângulo simétrico se transforme num triângulo descendente com linha
de procura (a linha horizontal a grosso na figura) nos 9 euros (1804$). A reacção
de ontem, 24/10, colocou o papel junto à sua média móvel de 50 dias, a 9,35
euros (1875$), e é provável que a Brisa se depare com uma resistência
significativa neste ponto. Os volumes nas recuperações continuam a não
ajudar, e os nossos indicadores de referência permanecem teimosamente neutros,
pelo que não nos parece que a subida tenha pernas para prosseguir, no muito
curto prazo. O mais provável é que a Brisa consolide na região 9 a 9,3 euros
(1804$ a 1865$). As linhas a vigiar são a média móvel (a vermelho na figura)
e o suporte de 9 euros (1804$).
O Bolsamais está NEUTRO em relação à Brisa, a aguardar o desenvolvimento dos preços em torno das linhas do triângulo. Se os 9 euros (1804$) forem quebrados em baixa ficaremos NEGATIVOS. Se a média móvel quebrar em alta, claro que a situação se tornará positiva. A vigiar com MUITA atenção.
Resistências:
9,35€; 9,5€; 9,8€; 10€
A análise técnica do Canal de Negócios é
realizada pelo Bolsamais, que pode ser consultado no endereço www.bolsamais.com