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AIE faz coro com OPEP e corta previsões para a procura global de petróleo
As entidades a atestar a queda na procura de petróleo acumulam-se: depois da OPEP, a AIE defende a mesma tese.
A Agência Internacional de Energia (AIE) cortou as estimativas para o crescimento da procura mundial por petróleo, alertando que no primeiro trimestre o aumento da procura foi o mais baixo desde 2011. Um dia antes, havia sido a Organização Mundial dos Exportadores de Petróleo (OPEP) a apresentar conclusões no mesmo sentido.
A AIE espera que a procura por petróleo cresça ao ritmo de 1,2 milhões de barris por dia, menos 100.000 barris em comparação com a previsão anterior.
A justificar esta projeção, a agência aponta o inverno quente vivido no Japão, um abrandamento na indústria de petroquímicos na Europa, uma procura morna por combustíveis nos Estados Unidos e o cenário do comércio mundial, que se tem vindo a deteriorar, como consequência da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
As estimativas da AIE foram conhecidas esta sexta-feira, 14 de junho. Ontem, a OPEP reviu em baixa as estimativas para o consumo desta matéria-prima no primeiro trimestre, assim como as projeções para o conjunto do ano.
O barril em Londres segue a descer 0,23% para os 61,17 dólares, depois de ter chegado a subir perto de 4,5% na sessão anterior. A subida sucedeu-se à divulgação de dois ataques, no Golfo de Omã, a dois navios petroleiros.