A principal preocupação dos investidores no arranque da semana continuará a ser a invasão da Rússia à Ucrânia. O final da semana passada foi de fuga aos ativos de risco em direção ao refúgio. Os avanços e recuos irão marcar novamente o sentimento dos investidores na semana que começa.

O dia vai ser cheio ao nível dos dados económicos. O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica estimativas rápidas do índice de preços no consumidor em fevereiro, depois da taxa ter acelerado 3,3% em janeiro, bem como dados finais do PIB nacional no quarto trimestre do ano passado. Serão ainda conhecidos dados do índice de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas no comércio a retalho em fevereiro.

A época de resultados decorre na bolsa de Lisboa, com uma das maiores cotadas do índice PSI-20 a apresentar resultados anuais no início da semana. Após o fecho do mercado, o BCP divulga contas, mostrando os efeitos da pressão exercida pelos créditos na Polónia.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai dirigir-se ao país esta terça-feira à noite, no habitual discurso do Estado da Nação, numa altura em que o país está a sair da pandemia, mas enfrenta a pressão de uma escalada de preços que está a acelerar a normalização da política monetária.

Celebra-se esta terça-feira o carnaval, as escolas estão fechadas e a função pública tem tolerância de ponto pelo que o dia deverá ser mais calmo em termos de notícias a nível nacional. No entanto, as bolsas continuarão a funcionar como habitualmente, incluindo a praça lisboeta.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) tem encontro marcado para esta terça-feira para avaliar a situação no mercado, numa altura em que o preço do Brent ultrapassou os 100 dólares pela primeira vez desde 2014 devido à situação na Ucrânia. O agravamento deve-se às preocupações relacionadas com a Rússia, que é o segundo maior produtor do mundo.

O Banco de Portugal divulga esta quarta-feira dados da dívida pública portuguesa em janeiro, uma publicação que costuma ser feita dia 1, mas que aconterá este mês no dia seguinte por causa do Carnaval. A dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, diminuiu para 127,5% do PIB em 2021, uma redução de 7,7 pontos percentuais face a 2020. Em termos nominais, é uma redução de 900 milhões de euros para um total de 269.600 milhões.

O INE tem previsto para esta quarta-feira a divulgação de estimativas mensais de emprego e desemprego, dos índices de produção industrial, bem como do inquérito à avaliação bancária na habitação, todos referentes a janeiro de 2022.

Depois no BCP no início da semana, na quinta-feira é a vez da Mota-Engil e a Nos divulgarem contas referentes à totalidade do ano passado, que foi ainda fortemente marcado pela pandemia.

A Apple realiza esta sexta-feira a assembleia geral anual de acionista, na qual é esperado um discurso do CEO Tim Cook, que poderá dar indicações sobre o futuro da gigante tecnológica.

Espanha vai ao exame das agências de notação financeira, tendo marcada uma avaliação da canadiana DBRS esta sexta-feira após o fecho de Wall Street. Além desta, a Fitch vai olhar para o Gabão, a Standard and Poor's para a República do Congo, para o Chopre, para a Finlândia, para o Cazaquistão, para o Quénia e para Montenegro, enquanto a Moody's avalia a Sérvia e a Estónia.