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A semana em oito gráficos: Bolsas europeias, juros e petróleo em alta. Euro cai há cinco semanas

A generalidade das bolsas europeias registou um saldo positivo no acumulado desta semana, o mesmo acontecendo com o petróleo. Os juros da dívida subiram dos dois lados do Atlântico, ao passo que o euro continuou a perder terreno face ao dólar.

Índice madrileno em contraciclo na Europa

Índice madrileno em contraciclo na Europa
Entre as principais praças da Europa Ocidental, apenas a bolsa espanhola registou um saldo negativo esta semana. O Ibex 35 cedeu 1,53% no acumulado de segunda a sexta-feira. Fora do Velho Continente, o norte-americano S&P 500 caiu ligeiramente na semana, sobretudo devido às variações negativas das últimas duas sessões, numa altura em que os investidores revelaram maior cautela à espera de desenvolvimentos nas conversações comerciais entre os EUA e a China.

PSI-20 valoriza perto de 2% na semana

PSI-20 valoriza perto de 2% na semana
O índice de referência nacional ganhou 1,81% no cômputo da semana, elevando para 6,07% a sua subida no acumulado do ano. A praça lisboeta teve o melhor desempenho na Europa, com a ajuda sobretudo da Altri e da EDP Renováveis. As maiores quedas da semana couberam ao BCP e CTT.

Altri dispara mais de 24%

Altri dispara mais de 24%
A Altri teve, de longe, o melhor desempenho da semana no PSI-20, a escalar 24,10% - a navegar a onda do bom momento que se vive no sector do papel. Do lado oposto, o BCP afundou 8,24%, penalizado pelo movimento de queda na banca europeia à conta da subida dos juros da dívida italiana.

Ocado dá ímpeto aos ganhos do Stoxx600

Ocado dá ímpeto aos ganhos do Stoxx600
As acções da dona do supermercado online britânico Ocado escalaram 43% na semana, na bolsa londrina, tendo tido o melhor desempenho do índice de referência europeu Stoxx600. Só na quinta-feira, dispararam 81%, depois de a empresa ter anunciado a assinatura de um acordo para licenciar a sua tecnologia de entrega de encomendas em casa à cadeia norte-americana dos supermercados Kroger Co. Quem apostou na queda das acções da Ocado (short-sellers) perdeu 322 milhões de euros só nessa sessão.

Chesapeake anima S&P 500 e Campbell pressiona

Chesapeake anima S&P 500 e Campbell pressiona
A norte-americana Chesapeake Energy esteve em destaque pela positiva, a somar 28,13% entre segunda e sexta-feira, numa semana bastante favorável às cotadas do sector da energia devido sobretudo à subida dos preços do petróleo. Do lado contrário esteve a Campbell Soup, que com uma queda semanal de 14,58% contribuiu para o saldo ligeiramente negativo do Standard&Poor’s 500 na semana.

Euro com maior ciclo de perdas em três anos

Euro com maior ciclo de perdas em três anos
A divisa europeia registou mais uma semana de perdas face à nota verde, a ceder 1,47% face ao dólar no cômputo entre segunda e sexta-feira. O euro já está a perder força face ao dólar há cinco semanas seguidas. Este é o maior ciclo de quedas desde Janeiro de 2015. Em termos simples, esta evolução das divisas traduz as perspectivas para as economias dos dois lados do Atlântico: na Europa prevê-se uma desaceleração em 2018 enquanto nos EUA esperam-se surpresas positivas para o PIB da maior economia do mundo. Um contexto que reforça a perspectiva de subidas de juros nos EUA, ao mesmo tempo que o BCE manterá a política monetária, com a taxa de juro em zero.

Petróleo avança com novos impulsos

Petróleo avança com novos impulsos
O petróleo esteve em alta esta semana, sustentado sobretudo pelos receios de perturbações na oferta do Médio Oriente e da Venezuela. Isto a par de uma queda das reservas norte-americanas de crude, pela segunda semana consecutiva, o que revela que o excedente dos inventários desta matéria-prima está a diminuir nos EUA e contribui para os receios de que a oferta comece a não conseguir atender à procura. O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, superou os 80 dólares por barril pela primeira vez desde Novembro de 2014. Os preços do crude registaram a sexta semana consecutiva de saldo positivo, naquela que é a melhor série de subidas semanais desde 2011.

Juros das obrigações nos EUA e Itália disparam na semana

Juros das obrigações nos EUA e Itália disparam na semana
Os investidores continuaram bastante atentos ao evoluir da dívida soberana dos EUA, cuja maturidade a 10 anos tem estado a negociar em máximos de sete anos, tendo já superado os 3,1% e terminando a semana nos 3,07%. Muitos analistas que têm analisado este tema estimam que o patamar dos 3,6% pode ser o ponto de inflexão que fará os investidores desviarem as suas aplicações das acções para as obrigações. A acontecer, as bolsas mundiais poderão corrigir fortemente nos próximos meses, admitem. Também os juros italianos estiveram em destaque com uma forte subida – no acumulado da semana somaram 33,4 pontos base –, num contexto de incerteza no país relativamente à formação de governo.
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A bolsa nacional valorizou perto de 2% esta semana, elevando para 6,07% o ganho desde o início do ano – isto depois de ter sido a única praça da Europa Ocidental a fechar o primeiro trimestre no verde.

 

A cotada com melhor performance do PSI-20 foi a Altri, a disparar 24,10% no conjunto dos cinco dias, ao passo que o BCP travou os ganhos do índice de referência nacional, a perder 8,24% entre segunda e sexta-feira.

 

As restantes bolsas europeias negociaram também, generalizadamente, em alta, numa altura em que os investidores estão atentos à época de apresentação dos resultados trimestrais. A excepção foi o índice madrileno, que recuou 1,53%.

 

Entre as cotadas europeias que mais se destacaram pelo lado positivo esteve a britânica Ocado, que avançou 43%.

 

Nos EUA, os principais índices tiveram uma performance ligeiramente negativa no acumulado da semana.

 

Já no mercado cambial, o euro cedeu face ao dólar pela quinta semana consecutiva, naquele que é o maior ciclo de quedas desde Janeiro de 2015.

 

Nas matérias-primas, o petróleo ganhou terreno com a queda das reservas nos EUA e os receios de perturbação da oferta no Médio Oriente e na Venezuela.

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