Ontem, já depois do fecho de sessão, a Sonae Indústria comunicou à CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) que os seus acionistas aprovaram a sua saída de bolsa. Este seria um desfecho expectável, depois de a família Azevedo ter conseguido superar 92% dos direitos de voto da sociedade no passado mês de maio, na sequência do aumento de capital feito pela empresa e das compras feitas em bolsa. Fica a faltar o aval do regulador do mercado e, em caso de decisão favorável, a Efanor propõe-se comprar, no prazo de três meses, as ações a quem não votou favoravelmente a saída da empresa de bolsa. Hoje será dia das suas ações estarem a reagir a esta decisão. 

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e a Chanceler alemã, Angela Merkel, estarão presentes no Fórum Económico de Bruxelas que decorre nesta terça-feira, juntando-se a outros nomes como Paolo Gentiloni, comissário europeu para a economia ou Ursula von der Leyen, líder da Comissão Europeia. A atual recuperação económica face à pandemia da covid-19, as respostas sustentáveis à crise e o futuro da região serão alguns dos temas desta conferência anual. 

Esta terça-feira será um dia recheado de discursos de vários membros de bancos centrais. Andrew Hauser, decisor do Banco de Inglaterra, estará na Universidade de York, no Reino Unido, num "workshop" sobre liquidez no mercado de dívida, uma semana depois de a instituição ter mantido a sua "bazuca" a funcionar, mas deixando alguns alertas sobre a inflação. Thomas Barkin, líder da Reserva Federal (Fed) de Richmmond falará num encontro virtual do Market News International e Francois Villeroy de Galhau, membro do Banco Central Europeu (BCE) estará presente numa conferência organizada em Paris, França. 

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai anunciar hoje os dados sobre o arrendamento de habitação a nível local, que é referente ao primeiro trimestre deste ano, marcado por uma onda de restrições à circulação em Portugal, numa altura em que a covid-19 atingiu o seu pico máximo no país. Apesar da pandemia, os números referentes ao quatro trimestre do ano passado mostraram uma evolução ascendente dos preços (+3,8%) no país como um todo, mas com um abrandamento face aos três meses anteriores (+5,2%). 

O Eurostat, instituto de estatística da União Europeia, vai apresentar os números finais referentes à confiança dos consumidores na região de junho, depois de as estimativas iniciais apontarem para a terceira leitura mais elevada das últimas duas décadas. A confirmar-se, este valor passará de -15,5 em janeiro para os -3,3 em junho, fruto da recuperação económica, apesar de a pandemia ainda continuar entre nós, com os novos números a fazerem soar os alarmes em alguns países.