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5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Esta sexta-feira a Semapa, Altri e Ramada vão estar a reagir às contas trimestrais reportadas ontem depois do fecho da sessão da praça lisboeta. Também a EDP Renováveis poderá refletir na negociação bolsista o contrato que ganhou num leilão eólico em Itália. Já o BCP poderá reagir ao corte de “outlook” pela DBRS. Também a conferência de Donald Trump sobre a China estará hoje no radar dos investidores.
A Semapa, a Altri e a Ramada vão estar a reagir aos resultados do primeiro trimestre, reportados ontem depois do encerramento da praça lisboeta.
A Semapa obteve um resultado líquido de 17,2 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, um decréscimo de 56,6% em termos homólogos. Já a Altri teve uma queda de 81% nos lucros do primeiro trimestre, penalizada pela descida do preço da pasta. Por seu lado, a Ramada Investimentos, que já não integra o PSI-20 desde 23 de março, reportou lucros de 1,3 milhões de euros entre janeiro e março, menos 30,1% do que no período homólogo.
EDPR ganha contrato de 20 anos em leilão eólico em Itália
A EDP Renováveis ganhou um contrato a 20 anos para venda de energia eólica em Itália no âmbito de um leilão realizado no país transalpino, indicou ontem a empresa liderada por João Manso. Os projetos eólicos deverão iniciar as operações em 2021, acrescenta o comunicado.
O anúncio foi feito já depois do fecho da bolsa nacional, pelo que as ações poderão estar hoje a reagir a esta notícia.
DBRS revê em baixa perspetivas para o BCP e CGD
A agência de rating canadiana DBRS reviu ontem em baixa a perspetiva para a evolução da qualidade da dívida do BCP e da Caixa Geral de Depósitos, de estável para negativa.
A DBRS justificou a sua ação, para ambos os bancos, pelo "impacto expectável que o enquadramento económico originado pela pandemia da covid-19 irá ter na rentabilidade e balanço". "A esperada deterioração do contexto operacional deverá afetar as receitas, a qualidade dos ativos e o custo do risco do banco", sublinha a agência no que diz respeito ao BCP.
O anúncio foi feito já depois do fecho da bolsa nacional, pelo que poderá estar hoje a influenciar as ações do banco liderado por Miguel Maya.
Trump fala sobre a China depois de "castigar" tecnológicas americanas
As bolsas do outro lado do Atlântico estavam ontem a caminho de um fecho em alta, animadas sobretudo pelo bom desempenho das cotadas dos setores tecnológico e dos cuidados de saúde, mas os receios em torno das tensões EUA-China foram mais fortes e inverteram para o vermelho na reta final da negociação.
O presidente norte-americano anunciou que esta sexta-feira vai dar uma conferência de impresa para falar sobre a China e foi o suficiente para o mercado inverter. Uma fonte disse à Reuters que os EUA estão a planear cancelar os vistos a milhares de estudantes chineses que a Administração Trump desconfia que têm ligações ao exército chinês. Este novo foco de frição vem juntar-se a outros sinalizados nos últimos dias.
As tecnológicas também poderão estar hoje a reagir ao anúncio feito ontem à noite de que Trump retirou poderes às redes sociais depois de o Twitter verificar veracidade de dois tweets do presidente.
INE dá detalhes sobre o PIB. E Baker Hughes contabiliza plataformas nos EUA
Esta sexta-feira há novos indicadores a centrarem as atenções dos mercados, nomeadamente os dados do PIB por cá e o número de plataformas de petróleo nos Estados Unidos.
A economia portuguesa registou uma contração de 2,4%, em termos homólogos, no primeiro trimestre de 2020, de acordo com a estimativa rápida divulgada em meados de maio pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Foi a maior queda homóloga desde o primeiro trimestre de 2013. Esta sexta-feira, o INE irá divulgar as contas nacionais trimestrais para os primeiros três meses do ano, o que vai permitir perceber em detalhe que setores influenciaram este movimento, num período marcado pela covid-19.
Nos EUA, o destaque vai para a Baker Hughes, fornecedora norte-americana de serviços a campos petrolíferos, que divulga hoje o relatório semanal sobre o número de plataformas de petróleo e gás nos Estados Unidos. Este é um indicador seguido com atenção pelos investidores no mercado petrolífero, especialmente do outro lado do Atlântico. A contabilização de plataformas ativas de prospeção petrolífera nos EUA – um indicador avançado da produção futura – revelou uma diminuição de 21 para um mínimo histórico de 318 na semana terminada a 22 de maio (contra 339 na semana precedente; e quando na semana homóloga de 2019 ascendiam a 665 plataformas). Tratou-se da 10ª semana consecutiva de diminuição no número de plataformas ativas nos Estados Unidos.