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5 coisas que precisa de saber para começar o dia

Esta terça-feira os investidores poderão continuar a respirar de alívio se os números de novos casos de infetados com covid-19 continuarem a desacelerar, mas no mercado petrolífero a pressão poderá manter-se se não houver sinais mais concretos de que esta semana a OPEP+ acordará um corte da produção.

07 de Abril de 2020 às 07:30
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Petróleo sob pressão com adiamento da reunião da OPEP

Os preços do "ouro negro" negociaram em forte baixa nos principais mercados internacionais, penalizados pelo adiamento da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados (o chamado grupo OPEP+). A reunião estava prevista para ontem, mas no domingo foi formalmente adiada para dia 9 de abril.

 

Apesar de se esperar uma redução concertada de pelo menos 10 milhões de barris por dia, um corte muito superior ao que vigorou no primeiro trimestre deste ano, o adiamento do encontro desanimou os investidores, isto numa altura em que os preços estão bastante pressionados pela queda da procura decorrente da covid-19 e pela abertura de torneiras por parte da Arábia Saudita como forma de pressão sobre a Rússia para que Moscovo alinhe num novo esforço de retirada de crude do mercado.

 

Em Londres, oBrent do Mar do Norte, que serve de referência às importações europeias, chegou a afundar perto de 9%, e no mercado nova-iorquino o West Texas Intermediate ("benchmark" para os Estados Unidos) mergulhou 8%.

 

Bolsas animadas com desaceleração de novos casos de covid-19

As bolsas europeias e norte-americanas ganharam terreno na primeira sessão da emana, sustentadas pelo abrandamento do número de novos casos de infeção de covid-19, notícia que animou os investidores.

 

Em Wall Street a euforia foi visível, com os principais índices a dispararem mais de 7%. O Dow Jones encerrou a sessão a escalar 7,73% para 22.679,99 pontos, subida essa que correspondeu a um ganho de 1.627,46 pontos.

 

Sonae Capital cancela dividendo e Jerónimo Martins abre Recheio aos particulares

A empresa liderada por Miguel Gil Mata tinha anunciado em fevereiro que iria propor a distribuição de um dividendo líquido de seis cêntimos por ação, mas voltou atrás na decisão devido ao contexto de incerteza decorrente da covid-19. Não afasta, contudo, a possibilidade de reavaliar a decisão. Os CTT tinham anunciado uma decisão no mesmo sentido logo na segunda-feira de manhã.

 

Apesar da decisão da Sonae Capital, a Sonae SGPS mantém a proposta de remuneração acionista de 4,63 cêntimos por ação por conta dos resultados de 2019, o que corresponde a um aumento de 5% face aos 4,41 cêntimos distribuídos no ano passado.

 

Outra cotada que poderá estar hoje a refletir notícias avançadas na segunda-feira (já depois do fecho da bolsa) é a Jerónimo Martins. As lojas do Recheio, cadeia de cash and carry da Jerónimo Martins, passam a vender também aos consumidores particulares, indicou fonte oficial da empresa liderada por Pedro Soares dos Santos. A rede é composta por 42 lojas em todo o país. O grupo Jerónimo Martins também anunciou ontem que vai aumentar para 500 euros o prémio pago anualmente aos trabalhadores. O montante corresponde a uma subida de 5% face ao prémio distribuído no ano passado, que foi de 475 euros. No total, a Jerónimo Martins vai distribuir 10 milhões de euros pelos trabalhadores do grupo em Portugal.

 

Eurogrupo decide pacote de medidas

O Eurogrupo vai reunir-se esta terça-feira para coordenar as propostas de resposta ao impacto do vírus. Estas serão depois apresentadas à Comissão Europeia conforme ficou definido no último Conselho Europeu.

 

Os ministros das Finanças da Zona Euro chegaram já a consenso sobre a possibilidade de o Mecanismo Europeu de Estabilidade vir a disponibilizar uma linha de crédito para todos os países, o que iria permitir que estes recebessem fundos num montante equivalente a 2% do seu PIB.

 

Novos dados económicos em foco

A Alemanha, a maior economia europeia, vai apresentar hoje dados que mostram o desempenho da produção industrial em fevereiro. De acordo com a Bloomberg, os números deverão revelar uma descida modesta na produção, provocada por um abrandamento na China devido às medidas adotadas pelo país para travar a pandemia. Já em março, o cenário deverá ser mais severo na Alemanha, depois de várias fábricas terem encerrado devido à quebra na procura provocada pelo vírus. Ainda na Europa, teremos também os dados da balança comercial de França em fevereiro.

 

Por cá, o INE divulga o índice de custos de construção de habitação nova e o índice de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas na Indústria, ambos relativos a fevereiro.

 

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