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5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Esta quinta-feira os investidores continuarão atentos à evolução do Montepio, que disparou nas duas últimas sessões sem razão aparente. Por outro lado, será hoje que os juros da dívida a 10 anos quebram a fasquia dos 3%? E no Brasil, em pleno contexto de agitação política, esperam-se bons ventos com os dados do PIB do primeiro trimestre.
A Luz Saúde comprou o British Hospital à Capital Criativo. A operação segue-se a um conjunto de movimentações que retirou as instalações hospitalares ao grupo dono do antigo Banco Português de Negócios (BPN). A Autoridade da Concorrência ainda tem de dar o seu aval à operação, cujo valor de transacção não foi divulgado oficialmente.
O anúncio foi feito após o fecho da bolsa lisboeta, pelo que hoje a negociação das acções estará a reflectir o sentimento dos investidores relativamente a esta aquisição.
Montepio soma e segue
O Montepio voltou ontem a disparar na Bolsa de Lisboa. As unidades da caixa económica, depois de terem fechado a subir 46% na terça-feiram encerraram ontem a escalar 21,29% para 0,752 euros, atingindo assim um novo máximo de Fevereiro de 2014. Os investidores estão de olhos postos nestas subidas, não havendo por enquanto notícias que a justifiquem.
O mercado estará igualmente atento à evolução da Ibersol e da Reditus, depois de ambas as cotadas terem reportado os seus resultados trimestrais ontem, após o fecho da bolsa.
Juros da dívida a 10 anos vão quebrar patamar dos 3%?
Os juros da dívida portuguesa caíram ontem para mínimos de sete meses, próximos de quebrar a fasquia dos 3% no prazo a 10 anos. Apesar de a tendência ser de alívio na generalidade dos países do euro, Portugal destaca-se nas descidas. A ‘yield’ associada às obrigações a 10 anos desceu 4,9 pontos base para 3,060%, o valor mais baixo desde 24 de Outubro, dia em que os juros atingiram os 3,024%. A ‘yield’ está, assim, próxima de perfurar a barreira dos 3%, algo que não acontece desde 8 de Setembro de 2016.
Esta queda ocorre num momento em que vários especialistas têm vindo a aplaudir a evolução registada pelo país, ainda que as agências de "rating" tenham dado indicações que as melhorias não justificam, para já, uma subida da avaliação para um nível considerado de grau de investimento.
A actividade industrial na Zona Euro, Reino Unido e China
Hoje é dia de medir o pulso às economias da Zona Euro, do Reino Unido e da China, com a divulgação dos índices PMI para a indústria nestes blocos económicos.
Nos Estados Unidos, destaque para os dados relativos aos pedidos iniciais de subsídios de desemprego, na semana terminada a 27 de Maio, bem os números do índice ISM para a indústria, referente a Maio.
No Brasil, por seu turno, serão apresentados os dados relativos à evolução da economia no primeiro trimestre. A expectativa é de que o PIB tenha aumentado neste perído, deixando dois anos de recessão para trás.
Ainda nos EUA, o mercado automóvel reporta os seus resultados de Maio. As estimativas apontam para que tenha sido um bom mês – mas não excelente. Espera-se que a General Motors anuncie o maior aumento de vendas entre as principais fabricantes automóveis norte-americanas.
Fórum Económico em Bruxelas e AG do Facebook
Hoje há vários eventos de relevo, um pouco por todo o mundo, com destaque para um fórum económico em Bruxelas onde participação como oradores o ministro italiano das Finanças, Pier Carlo Padoan, e os comissários europeus Pierre Moscovivi e Valdis Dombrovskis.
Será dia também de mais responsáveis da Reserva Federal norte-americana falarem sobre política monetária, estando hoje em foco os discursos, em eventos separados, do governador do Sistema de Reserva da Fed, Jerome Powell, e do presidente da Fed de São Francisco, John Williams.
Em foco estará ainda a assembleia geral anual dos accionistas do Facebook. Uma das propostas que estará a votação prende-se com a necessidade de a empresa liderada por Mark Zuckerberg divulgar relatórios sobre notícias falsas divulgadas na rede social.