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5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Esta terça-feira os investidores vão estar especialmente atentos à evolução das bolsas europeias, juros e euro. Por cá, BCP, BPI e CTT também estarão no radar. Nos EUA são divulgados os dados da balança comercial e as contas da Walt Disney.
Termina esta terça-feira, 7 de Fevereiro, a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre o BPI. Os resultados da operação serão conhecidos um dia depois, ficando a conhecer-se a percentagem de capital que os espanhóis – que detêm actualmente 45,5% do capital – passarão a controlar no banco português. A maioria dos analistas acredita que a oferta será bem sucedida.
O banco liderado por Fernando Ulrich encerrou a sessão de ontem a ceder 2,21% para 1,106 euros.
BCP vai continuar a recuperar?
O BCP foi o único título que ontem ganhou terreno na praça lisboeta, a subir 3,28% para 17,34 cêntimos, reagindo às várias notícias que decorrem da conclusão do aumento de capital. Na sexta-feira o banco anunciou que concretizou o encaixe de 1,33 mil milhões de euros, com a procura na operação a superar a oferta em mais de 20%.
A Fosun reforçou o estatuto de maior accionista, passando a deter perto de 24% do capital do banco, enquanto a Sonangol manteve o estatuto de segundo maior accionista, com cerca de 15% do capital. Ontem foi também revelado que a gestora de activos norte-americana BlackRock passou a deter, desde 2 de Fevereiro, uma participação de 3,01% no capital social do banco liderado por Nuno Amado.
Pressão sobre os CTT vai manter-se?
As acções dos CTT fecharam a sessão de segunda-feira a ceder 0,26%, para 5 euros por acção, depois de terem tocado durante o dia um mínimo histórico de 4,925 euros. A pressionar a performance bolsista da empresa continua a revisão em baixa das estimativas para os resultados de 2016 e os posteriores cortes de avaliação por parte de bancos de investimento.
Ontem a gestora de activos Blackrock anunciou ter reduzido a sua posição nos CTT, passando a deter menos de 3% (menos de 2% se contabilizado o capital detido apenas através de acções).
Investidores atentos às bolsas europeias, juros e euro
As bolsas do Velho Continente arrancaram a semana em queda, numa altura em que os investidores revelam maior prudência devido às eleições que se avizinham na Europa e perante o clima de incerteza sobre o que significará a administração Trump para a economia e para os mercados.
Do lado dos juros, ontem foi mais um dia de subidas, com o mercado a centrar-se na incerteza política na Zona Euro. Em destaque esteve a pressão sobre os juros a 10 anos de Portugal, Itália, Espanha e França, que dispararam. Em contraciclo esteve a taxa da dívida alemã, que tende a ser vista como um refúgio em tempos instáveis. A "yield" das Bund a 10 anos baixou 4,1 pontos base para 0,37%.
Também o euro está no radar dos investidores, depois de ontem ter desvalorizado face ao dólar. Isto no dia em que Mario Draghi relativizou os últimos dados que mostravam uma subida da inflação na Europa, tendo garantido que os estímulos são para manter como previsto e que, caso seja necessário, o BCE está pronto a dar mais apoio.
Balança comercial nos EUA centra atenções
Nos Estados Unidos, o Departamento do Comércio divulga hoje os dados da balança comercial em Dezembro, sendo esperado que o défice comercial se tenha mantido constante face ao mês anterior, depois de em Novembro ter aumentado para um máximo de nove meses. Na Europa, destaque para a produção industrial de Dezembro na Alemanha, bem como para os preços das casas no Reino Unido, referentes a Janeiro.
No domínio empresarial, destaque para a divulgação dos resultados da BP, do Itau Unibanco Holding e da Walt Disney.