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5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Esta quarta-feira são esperados os resultados da emissão sindicada do Tesouro português na primeira ida do ano aos mercados. Na bolsa nacional, depois de afundar para mínimos históricos no rescaldo do aumento de capital, o BCP concentra atenções. Se em Portugal há inflação de Dezembro, nos EUA é o adeus de Obama, mais um "olá" de Trump e outro membro da Fed que fala.
Depois de a primeira ida no ano do Tesouro português aos mercados ter ficado marcada uma vez mais por uma emissão sindicada de dívida (neste caso a dez anos), são esperados hoje os resultados da operação lançada na véspera, com o valor indicativo a apontar para que o Estado venha arrecadar 3.000 milhões de euros. Além do valor final e da taxa associada, o mercado vai estar também atento à evolução das "yields" da dívida soberana, que nos últimos dias superaram os 4% na maturidade a 10 anos. Um comportamento que o ministro das Finanças associa "a factores muito específicos de incerteza (externa) e de baixa liquidez de mercado (de final de ano)".
Depois dos mínimos históricos, como vão reagir as acções do BCP?
Conhecidos os contornos do aumento de capital de 1.330 milhões de euros e o preço a desconto a que as novas acções serão vendidas – 9,4 cêntimos (38,6% face ao valor teórico) -, a sessão de ontem – a primeira depois da divulgação da operação - foi de tombo para as acções do banco liderado por Nuno Amado, que renovou mínimos históricos nos 92,31 cêntimos na sequência de uma queda de 11,34%. Os títulos deverão voltar a estar nos radares dos investidores, com os analistas a considerarem que a cotação deve continuar pressionada até estar concluída a transacção dos direitos e até se saber se a Sonangol vai ou não aproveitar para reforçar no capital do banco.
Estão aí os números finais da inflação para 2016
O Instituto Nacional de Estatística divulga os números da inflação relativos a Dezembro, ou seja, o valor final para 2016 em termos de variação de preços no país. Os números são conhecidos uma semana antes de o Eurostat anunciar a versão final dos números para a inflação na Zona Euro, depois de no início de Janeiro os números preliminares terem apontado para a quase duplicação deste indicador, para os 1,1%, impulsionados pelos preços da energia, quando Alemanha e Espanha viram os preços no consumidor crescer mais do que o esperado. Em Portugal a variação homóloga desacelerou entre Outubro e Novembro, mas além do comportamento do último mês do ano a expectativa é saber qual a variação média dos últimos doze meses.
Obama diz adeus, Trump fala aos jornalistas
A pouco mais de uma semana da tomada de posse - e depois de já ter indicado o núcleo duro da sua equipa governativa que enfrenta agora o escrutínio do Senado e de dias consecutivos de afirmações polémicas nas redes sociais – é esperado que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, fale hoje em conferência de imprensa. As palavras de Trump surgirão horas depois do discurso de despedida do quase presidente-cessante, Barack Obama, e poderão trazer novos sinais sobre o rumo das políticas económicas da sua administração, depois de logo a seguir às eleições ter proposto um plano de investimentos em infra-estruturas e para a criação de emprego. Os últimos dias foram marcados pelos casos da espionagem russa nas eleições de Novembro e polémica em torno dos grandes investimentos da indústria automóvel, além de ter sido reafirmada a vontade de reformar o Obamacare, temas a que Trump poderá voltar.
Discursa mais um membro da Fed
Depois de Eric Rosengren e de Dennis Lockhart, presidentes das Reservas de Boston e Atlanta, é a vez de William Dudley (líder da Reserva de Nova Iorque) poder elaborar sobre a política monetária norte-americana, a nove dias da tomada de posse do novo presidente, Donald Trump. Dudley, que estará no simpósio Interbank em Nova Iorque, deverá acrescentar a sua visão sobre o ritmo de subida de juros nos EUA, depois de Rosengren ter pedido a aceleração desse aumento (sob pena de descontrolo da inflação e de ameaças ao emprego sustentável) e de Lockhart ter dito que, uma vez que já foram atingidos os objectivos de estabilidade dos preços e emprego, é altura de a Fed se afastar e os agentes se centrarem na melhoria da produtividade. Na sexta-feira é a vez de Janet Yellen, a presidente da Fed, discursar.