Notícia
5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Os olhares ainda vão estar presos ao que se passa no outro lado do Atlântico. Mas o dia começa com dados no Extremo Oriente. Japão divulga PIB e China produção industrial.
O Japão apresentou os dados do PIB referentes ao terceiro trimestre do ano. Os economistas esperavam uma taxa de crescimento de 0,8%- 0,9%, estabilizando face ao período de três meses anteriores, mas foram surpreendidos pela subida nas exportações. O Banco do Japão, cujo seu governador discursa esta segunda-feira no Parlamento, deverá assim manter a política monetária nas reuniões de Dezembro e Janeiro. A economia cresceu 2,2%.
Na China, como vai a produção industrial?
Esta segunda-feira ficaremos a conhecer como está a evoluir a produção industrial na China. Serão divulgados os dados referentes a Outubro, estimando-se que mostrem um crescimento e 6,2%, um abrandamento face aos 6,1% de Setembro. Os dados do investimento também serão olhados com atenção, esperando-se um aumento de 8,2% face aos 8,1% de Setembro, o que poderá indicar alguma recuperação do investimento privado.
Ao mesmo tempo que se conhecerá a produção industrial na China, também a da Zona Euro será divulgada pelo Eurostat, mas referente a Setembro.
Em Frankfurt, fala-se de Brexit, Banca e Bolhas
Começa esta segunda-feira em Frankfurt, a semana das finanças do Euro – Euro Finance Week – com o alto patrocínio do ministro alemão das Finanças Wolfgang Schäuble. "Brexit, Banca e Bolhas – Oportunidades e Riscos no novo normal" é o tema da semana que decorre até 18 de Novembro, com várias conferências. Neste primeiro dia, Vítor Constância, vice-presidente do BCE, vai falar na abertura do evento. O futuro da banca e das bolsas ou as taxas de juro zero serão outros dos temas em discussão, com a presença do Deutsche Bank, Commerzbank, ING, HSBC, entre outros. O dia termina com o debate sobre a competição pelos "hubs" financeiros na Europa, com a presença de responsáveis de Paris, Dublin, Luxemburgo, Londres e Frankfurt.
Evento em Itália com maior impacto que Trump?
Numa altura em que Renzi tem a cabeça a prémio com o referendo, a ter lugar a 4 de Dezembro, à reforma constitucional, e que as taxas de juro do país disparam, Mario Draghi, italiano, mas como presidente do BCE, vai estar esta segunda-feira com o governador do Banco de Itália, Ignazio Visco, e o ministro das Finanças, Pier Carlo Padoan, que discursarão numa cerimónia de evocação do ex-primeiro-ministro e ex-governador Carlo Azeglio Ciampi, em Roma. Na agenda não consta, mas a situação da banca italiana será conversa para estes três responsáveis das finanças, ainda mais tendo o BCE a supervisão dos bancos da Zona Euro. A agitação em Itália tem tido vagas de contágio nos mercados e há mesmo analistas a dizer que dentro de pouco tempo "os mercados vão mudar o seu foco de Donald Trump para Itália, como potencial centro de um evento de risco para os mercados a nível global".
Onde andam a investir os investidores multimilionários nos EUA?
Os maiores e mais rentáveis fundos de investimento nos Estados Unidos, como George Soros, David Tepper, David Einhorn e Carl Icahn, revelam esta segunda-feira onde andam a apostar. É a data em que entregam as declarações à SEC, supervisor norte-americanos, e através do designado 13-F saber-se-á as compras e as vendas que realizaram no trimestre em empresas mais mediáticas e mais seguidas pelo mercado como a Tesla, Apple, Amazon, mas também em outros activos, como o ouro, o que acaba por ser um barómetro para o mercado que acabará também por concluir qual o olhar destes investidores milionários sobre as acções norte-americanas, num momento em que o Dow Jones bateu na semana passada um novo recorde, mas que não foi seguido pelo Nasdaq. Aliás, será de estar atento ao que se passará em Wall Street nesta primeira semana após as eleições. O processo de transição continuará, claro, a ser seguido, à medida que Donald Trump vai divulgando os nomes que farão parte da sua equipa. O chefe de gabinete e conselheiro estratégico já estão escolhidos.