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Sobreviventes do "crash" cripto serão as novas Amazon, defende número dois do Banco de Inglaterra
Para Jon Cunliffe as sobreviventes do "crash" do mercado cripto podem tornar-se as novas "big tech" do futuro, tornando-se rivais de "tubarões" do mercado como a Amazon e eBay.
As sobreviventes do "crash" do mercado cripto podem tornar-se as novas "big tech" do futuro, tornando-se rivais de "tubarões" do mercado como a Amazon e eBay, segundo o vice-governador do Banco de Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Jon Cunliffe.
Para o número dois de Andrew Bailey o colapso pelo qual está a atravessar este setor é semelhante ao rebentar da bolha das "dot com", que aconteceu nos anos 90 quando as empresas ligadas ao online ganharam um grande valor especulativo, representando por isso um fenómeno de "purga" onde são selecionadas as empresas mais resilientes.
O vice-presidente do BoE é claro: a tecnologia blockchain "tem enormes implicações e potencial dentro do setor financeiro", apesar das oscilações pelas quais estão neste momento a atravessar os preços das criptomoedas. "Aconteça o que acontecer nos próximos meses, espero que as cripto continuem. Têm potencial de mudar as estruturas de mercado", rematou Jon Cunliffe.
Neste momento, em linha com o que está a ser desenvolvido pelo Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal norte-americana (Fed) o BoE está a tentar criar a libra digital, sendo que a primeira fase deste procedimento deve ficar concluída no final deste ano com a conclusão de uma consulta pública.
A posição de Jon Cunliffe contrasta com a posição do Governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, conhecido pela sua aversão ao mercado cripto.
Em meados do ano passado, Bailey enviou um importante alerta para os que investem em criptomoedas: "Comprem apenas se estiverem preparados para perder todo o dinheiro". "Cripto e moeda são duas palavras que não combinam para mim", disse o líder do banco central durante uma conferência de imprensa. "Não têm valor intrínseco".
Desde o início do mês, a bitcoin caiu 30%, uma perda ampliada para 70% desde que ultrapassou a barreira histórica dos 69 mil dólares em novembro do ano passado. A queda contagiu as restantes "altcoins", estando neste momento a capitalização de mercado abaixo da marca de 1 bilião de dólares, mais concretamente em 952,56 mil milhões de dólares.