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Bitcoin tomba abaixo dos 40 mil dólares e regista pior estreia anual de sempre

A bitcoin tombou 6%, durante a tarde desta segunda-feira, para 39.774 dólares. Este ano promete ser desafiante para a "criptoqueen" que dá de caras com uma política monetária mais "hawkish" dos bancos centrais.

A plataforma de negociação de criptomoedas Coinbase vai estrear-se no Nasdaq esta quarta-feira.
Dado Ruvic/Reuters
10 de Janeiro de 2022 às 17:50
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A bitcoin deu um tombo de 6% para 39.774 dólares ao início da tarde desta segunda-feira, tendo entretanto desacelerado as perdas. Nos últimos sete dias a "criptoqueen" já afundou cerca de 13%, o pior arranque anual de sempre, de acordo com os dados compilados pelo Bloomberg Galaxy Crypto Index.

 

As principais criptomoedas de um mercado recheado por mais 15 mil criptoativos têm acompanhado esta tendência negativa. Na última semana, a ethereum afundou cerca de 21% para 3.008,01 dólares, enquanto a solana tombou 4% para 132,44 dólares.

 

Para o futuro, os analistas estimam que a criptomoeda mais cotada do mercado, assim como as restantes altcoins continuem sob pressão.

 

"É provável que as criptomoedas permaneçam sob pressão, uma vez que a Reserva Federal norte-americana (Fed) reduz as suas injeções de liquidez", comentou Jay Hatfield, CEO da Infrastructure Capital Advisors, em declarações à Bloomberg.

 

O executivo chega mesmo a prever a possibilidade de a "bitcoin terminar o ano abaixo dos 22 mil dólares". Um previsão que não é acompanhada pelo outlook da Bloomberg para este ano sobre o mercado dos criptoativos, que mesmo contando uma política monetária apertada nos EUA, estima que "a linha de suporte da bitcoin se centre nos 40 mil dólares e a linha de resistência nos 100 mil dólares".

 

Já Noelle Acheson, responsável pela análise de mercado na Genesis Global recorda que  "uma política mais apertada da Fed afeta não só as taxas de juro, mas também os investimentos de alto risco, como as criptomoedas".

 

Na semana passada, houve mais um sinal de que a Fed poderá agir de forma mais agressiva se a inflação permanecer elevada. Com efeito, as atas da última reunião da Reserva Federal norte-americana revelaram que os membros do banco central colocam a possibilidade de começar a subir os juros diretores mais cedo do que se esperava e de forma mais acelerada. O primeiro aumento poderá mesmo ser já em março.

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