Notícia
Antigo gestor de topo da FTX condenado a 7 anos e meio de prisão
Ryan Salame foi considerado culpado dos crimes de violação da lei de financiamento de campanhas e de operar um negócio de transmissão de dinheiro não licenciado.
Ryan Salame, que foi co-CEO da subsidiária da FTX nas Bahamas, foi condenado a sete anos e seis meses de prisão, depois de se ter declarado culpado dos crimes de violação da lei de financiamento de campanhas e de operar um negócio de transmissão de dinheiro não licenciado, em setembro do ano passado. Salame foi o primeiro membro do círculo próximo de Sam Bankman-Fried, ex-CEO e fundador da empresa, a receber uma sentença, mas, pelo menos, mais três já se declararam culpados de vários crimes desde que a FTX colapsou em novembro de 2022.
Os advogados de Salame pediram ao juiz uma sentença de apenas 18 meses, indicando que o antigo executivo tinha sido "enganado" por Bankman-Fried, que lhe terá assegurado que a plataforma de criptoativos era estável. No entanto, a argumentação não convenceu o juiz Lewis A. Kaplan, que apelidou os crimes de Salame de "assombrosos" e acabou mesmo por exceder a recomendação dos procuradores que queriam uma sentença de cinco a sete anos.
Já em março, Bankman-Fried foi condenado a 25 anos de prisão por defraudar em oito mil milhões de dólares (7,4 mil milhões de euros) os clientes da FTX, sendo considerado culpado de sete acusações de fraude e conspiração para cometer fraude - que terão levado ao colapso da plataforma de criptoativos.
Antes de a FTX declarar insolvência, Salame era um dos principais conselheiros do antigo CEO da empresa e geria a subsidiária da plataforma nas Bahamas. O ex-executivo admitiu ter feito contribuições para várias campanhas políticas, maioritariamente republicanas, a pedido de Bankman-Fried, de forma a evitar que o nome do antigo CEO aparecesse nas listas de doações - uma prática chamada de "straw donor". Na altura, os procuradores apelidaram estas ações como "um dos maiores crimes contra a lei que regula o financiamento de campanhas políticas" na história dos EUA.
O antigo executivo de topo da FTX foi ainda considerado culpado de retirar cinco milhões de euros da plataforma, numa altura em que a empresa já tinha entrado em colapso. Salame utilizou estes fundos para pagar despesas pessoais e contratar uma empresa de relações públicas, o que Kaplan considerou como um indicador de que este não estava minimamente preocupado com os clientes da empresa. Para o juiz, esta sentença vai servir como uma mensagem para os membros mais ricos da sociedade norte-americana sobre "as consequências de perverter o sistema eleitoral e as suas regras".
Os advogados de Salame pediram ao juiz uma sentença de apenas 18 meses, indicando que o antigo executivo tinha sido "enganado" por Bankman-Fried, que lhe terá assegurado que a plataforma de criptoativos era estável. No entanto, a argumentação não convenceu o juiz Lewis A. Kaplan, que apelidou os crimes de Salame de "assombrosos" e acabou mesmo por exceder a recomendação dos procuradores que queriam uma sentença de cinco a sete anos.
Antes de a FTX declarar insolvência, Salame era um dos principais conselheiros do antigo CEO da empresa e geria a subsidiária da plataforma nas Bahamas. O ex-executivo admitiu ter feito contribuições para várias campanhas políticas, maioritariamente republicanas, a pedido de Bankman-Fried, de forma a evitar que o nome do antigo CEO aparecesse nas listas de doações - uma prática chamada de "straw donor". Na altura, os procuradores apelidaram estas ações como "um dos maiores crimes contra a lei que regula o financiamento de campanhas políticas" na história dos EUA.
O antigo executivo de topo da FTX foi ainda considerado culpado de retirar cinco milhões de euros da plataforma, numa altura em que a empresa já tinha entrado em colapso. Salame utilizou estes fundos para pagar despesas pessoais e contratar uma empresa de relações públicas, o que Kaplan considerou como um indicador de que este não estava minimamente preocupado com os clientes da empresa. Para o juiz, esta sentença vai servir como uma mensagem para os membros mais ricos da sociedade norte-americana sobre "as consequências de perverter o sistema eleitoral e as suas regras".