O valor médio da avaliação bancária na concessão de crédito à habitação não sofreu qualquer alteração em Março quando comparado com o mês anterior.

Assim, segundo mostram os dados divulgados esta quinta-feira, 23 de Abril, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor da avaliação bancária registou uma evolução de 0% em Março, depois das subidas em cadeia verificadas em Fevereiro (0,1%) e em Janeiro (0,5%).

No entanto, comparativamente com igual período do ano passado, o valor médio da avaliação cresceu 1,8% em Março, evolução que se segue à subida homóloga de 1% que havia sido registada em Fevereiro.

Em Março, o valor médio situou-se nos 1.011 euros/m2, o mesmo valor verificado em Fevereiro. A justificar esta estabilização esteve "um decréscimo em cadeia de 0,7% nas moradias, compensado pelo aumento de 0,4% observado no valor médio de avaliação dos apartamentos", explica o relatório do INE. A avaliação média bancário dos apartamentos foi de 1.056 euros/m2 em Março.

Já o aumento homólogo de 1,8% registado no total do país deve-se, essencialmente, ao crescimento sentido na Área Metropolitana de Lisboa, "onde o valor médio de avaliação aumentou 4,3% em termos homólogos, para 1.231 euros/m2 em Março".

A Área Metropolitana de Lisboa continuou em Março a representar a zona do país onde a avaliação média bancária às habitações é mais elevada, seguindo-se o Algarve (1.196 euros/m2) e a Região Autónoma da Madeira (1.161 euros/m2), que também registaram uma evolução em cadeia positiva, de 0,3% no primeiro caso e de 0,2% no segundo.

Este indicador apresentado pelo INE assume particular relevância na medida em que as instituições financeiras têm por base o valor médio da avaliação dos imóveis na altura de definir o montante concedido às pessoas que pretendem comprar habitação recorrendo ao crédito à habitação.

Habitualmente as instituições bancárias atribuem até 80% do valor resultante da avaliação bancária, sendo que se um imóvel for avaliado em 100 mil euros, o banco irá financiar até 80 mil euros.