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Taxa fixa ganha importância nos novos créditos à habitação

Apesar de a taxa fixa ter ganho mais peso nas novas contratações, no ano passado, a taxa variável continua a dominar no crédito à habitação.

A lei foi aprovada na quinta-feira e aplica-se a partir de 1 de abril.
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16 de Julho de 2020 às 15:51
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Há mais clientes a optarem pela taxa fixa nas novas contratações de crédito à habitação. Do total de contratos, no ano passado, cerca de três mil foram realizados recorrendo à taxa fixa. Ainda assim, a taxa variável continua a dominar nos empréstimos para a casa, de acordo com o relatório de acompanhamento dos mercados bancários de retalho, divulgado esta quinta-feira.

"A taxa variável continuou a ser predominante no crédito à habitação, tendo representado 86,5% dos contratos celebrados, uma proporção semelhante à de 2018", refere o Banco de Portugal, notando que são "valores ligeiramente inferiores aos verificados em 2018". No ano anterior, a taxa variável representava 87,5% dos contratos.

Para esta variação, refere, "contribuiu não só a redução do número de contratos celebrados a taxa variável em 2019 (menos 7,9%, face a 2018), mas também o aumento da contratação nos restantes tipos de taxa de juro".

"Em 2019, a taxa mista perdeu importância, passando a representar 10,2% dos contratos celebrados (12,2% em 2018)", lê-se no relatório. Nestes contratos, "que têm um período inicial de taxa fixa seguido de um período de taxa variável, aumentou a duração do período inicial de fixação da taxa de juro (mais dois anos e meio, face a 2018)".

Por outro lado, o peso dos contratos celebrados a taxa fixa aumentou para 3,3% dos contratos celebrados em 2019. Isto quando era de 1,8% em 2018. "Para esta evolução contribuiu sobretudo o aumento da contratação a taxa fixa (mais 1.447 contratos correspondentes a mais cerca de 160 milhões de euros)", diz o BdP.

No total de 2019, foram celebrados 92.141 novos créditos à habitação, o que representa um aumento de 4,5% face ao período homólogo. Também o montante contratado aumentou 7,8% para um total de 10,3 mil milhões de euros. Já o montante médio por contrato foi de 111.920 euros.

Taxa fixa domina no crédito automóvel 

No caso do crédito automóvel - que, segundo o BdP, diminuiu pela primeira vez em seis anos- "aumentou a importância dos contratos celebrados com taxa fixa" em 2019.

"A maioria do montante de crédito automóvel foi, em 2019, concedido com taxa de juro fixa, tendo a importância deste tipo de taxa de juro aumentado (cerca de 4 pontos percentuais), quer nos automóveis novos, quer nos automóveis usados", refere o BdP.

Nos automóveis novos, "os contratos a taxa fixa passaram a representar 72,2% do total, em 2019, quando em 2018 representavam 68%. Nos automóveis usados, os contratos celebrados com este tipo de taxa juro representaram 85,1% do montante concedido, quando em 2018 representavam 80,8%".

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