Notícia
Malparado em mínimos de Dezembro de 2012
Pelo terceiro mês consecutivo, o montante de malparado nas carteiras dos bancos nacionais encolheu. Uma evolução justificada pela quebra do crédito de cobrança duvidosa nas empresas.
As instituições financeiras nacionais tinham, em Agosto, 15.315 milhões de euros em crédito de cobrança duvidosa, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal, esta terça-feira. Este valor fica abaixo dos 15.392 milhões de euros registados um mês antes. Trata-se mesmo do valor mais baixo desde Dezembro de 2012.
Esta queda ficou a dever-se essencialmente à evolução registada nas empresas. No caso das sociedades não financeiras, o valor do crédito de cobrança duvidosa ascendia a 10.446 milhões de euros, menos do que os 10.533 milhões de euros registados em Julho. O valor registado em Agosto é mesmo o mais baixo desde Janeiro de 2013. E representa 14% de todo o dinheiro emprestado a empresas.
No que diz respeito às famílias, o valor de crédito de cobrança duvidosa ascendeu a 4.869 milhões de euros, ligeiramente acima dos 4.859 milhões de euros verificados um mês antes. Neste caso, tanto o malparado na habitação como ao consumo aumentaram no último mês, segundo os dados do Banco de Portugal.
No caso dos empréstimos para a compra de casa, o crédito de difícil recuperação ascende a 2.112 milhões de euros, o que compara com os 2.100 milhões de euros relativos ao mês anterior. Este valor representa 2,26% de todo o dinheiro emprestado para a compra de casa.
No que diz respeito ao crédito ao consumo, o malparado ascende a 747 milhões de euros, mais do que os 708 milhões de euros registados em Julho. Este valor significa 5,67% de todo o dinheiro concedido neste segmento.
Quanto aos empréstimos para outros fins, o valor de crédito de cobrança duvidosa é de 20.10 milhões de euros, menos do que os 2.051 milhões de euros relativos ao mês anterior. O valor de malparado verificado em Agosto representa 24,4% de todo o financiamento concedido neste segmento.