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Polónia leva Goldman Sachs a subir avaliação da Jerónimo Martins em 18%

A Polónia continua a ser determinante para a Jerónimo Martins. A história da dona do Pingo Doce naquele mercado está a ser de sucesso e levou a que o Goldman Sachs elevasse a sua avaliação das ações para os 16,5 euros.

biedronka jeronimo martins
30 de Agosto de 2019 às 07:30
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O Goldman Sachs melhorou as estimativas para a Jerónimo Martins, prevendo receitas e EBITDA superiores ao que antecipava. E tudo devido ao mercado polaco. Biedronka e Hebe deverão gerar mais receitas e mais EBITDA para a dona dos supermercados Pingo Doce. As novas estimativas levaram a uma melhoria também do preço alvo e da recomendação. 

"A Jerónimo Martins continua a ser a retalhista alimentar com maior retorno de dinheiro na nossa [lista] de cobertura e é uma das poucas formas para investir num canal de desconto na Europa. Apesar de ter uma participação superior a 20% no mercado polaco, a empresa continua a alcançar um crescimento LFL [comparável] de 5,1% em média por trimestre nos últimos cinco anos, registando +8,6% no segundo trimestre de 2019. Com a inflação alimentar na Polónia a atingir os 7,3% em julho, acima dos 0,8% em janeiro, prevemos que as vendas comparáveis permaneçam elevadas na segunda metade de 2019", explicam os analistas do Goldman Sachs numa nota a que o Negócios teve acesso.

 

Os economistas do Goldman Sachs antecipam que a inflação na Polónia permaneça mais alta do que nos últimos anos e que o ambiente de consumo se prolongue, o que leva os analistas a atualizarem as suas estimativas para o crescimento das receitas comparáveis para 5,3% em 2019 (a previsão anterior era de 4,6%), 2,5% em 2020 (antes apontavam para 2,5%) e 3,5% para 2021, quando a estimativa anterior apontava para 2%.

 

O contexto determinou que o Goldman Sachs elevasse a avaliação da Jerónimo Martins de 14 euros para 16,50 euros, o que representa um aumento de quase 18% e que corresponde a um potencial de valorização superior a 13% face ao valor de fecho das ações na sessão de quinta-feira (14,565 euros).

 

Por sua vez, o potencial de subida acabou por ditar uma melhoria da recomendação de "neutral" para "comprar".

 

Os analistas do Goldman Sachs explicam que as principais alterações nas estimativas para a Jerónimo Martins têm origem na Polónia. A unidade de saúde e beleza na Polónia, a Hebe, também mereceu uma revisão de estimativas. Os analistas admitem que, no início, anteciparam que a Hebe não geraria lucros para o grupo, mas agora antecipam que o EBITDA ascenda a "10 milhões em 2020, atingindo os 52 milhões em 2028."

 

O banco de investimento prevê agora que a Jerónimo Martins termine 2019 com receitas de 18,5 mil milhões de euros, mais 0,2% do que a previsão anterior. Nos anos seguintes a previsão é que continuem a aumentar ascendendo a 20,7 mil milhões em 2021.

 

Já o EBITDA também foi revisto em alta, apontando para os 1,06 mil milhões de euros este ano, mais 1,8% do que a previsão anterior. As estimativas antecipam um EBITDA de 1,27 mil milhões em 2021.

 

Apesar da melhoria destes indicadores, o Goldman reviu em baixa as suas previsões para os lucros por ação para 2019 e 2020. Este ano o lucro deverá situar-se nos 0,62 euros – menos 8% do que a estimativa anterior – e em 2020 nos 0,73 euros – menos 5,5%. Para 2021, antecipa um lucro por ação de 0,82 euros, o que representa uma melhoria de 0,3% face a estimativa anterior.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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