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JPMorgan: Preço das acções dos CTT reflecte risco de corte de dividendo

O JPMorgan subiu a avaliação dos CTT de “underweight” para “neutral”. E diz que os actuais preços da acção indicam que o mercado está a incorporar um corte de 30% do dividendo.

CTT
16 de Agosto de 2017 às 11:56
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As acções dos CTT têm o pior desempenho do PSI-20 desde o início do ano e também têm ficado aquém da evolução do sector europeu de serviços postais. Para os analistas do JPMorgan, a desvalorização dos títulos da empresa portuguesa indica que o mercado se está a preparar para um corte de dividendos.

As descidas deixaram as "acções a um desconto profundo em relação às pares que aparenta reflectir um esperado corte de cerca de 30% do dividendo", referem os analistas Christopher G Combe e Andrew Fincher, numa nota a que o Negócios teve acesso, com data de 14 de Agosto, a passada segunda-feira. Apesar dessa perspectiva, o banco de investimento nota que "os CTT têm reserva mais que amplas para manter o actual dividendo por acção por vários anos".

O JPMorgan estima que o dividendo relativo ao exercício de 2017 se mantenha em 0,48 euros por acção. Segundo as estimativas do banco isso implicaria distribuir 150% do lucro estimado aos accionistas. Mas para o exercício de 2018, o JPMorgan incorpora na avaliação um corte de 30% da remuneração por acção, de forma a reflectir um "payout" (proporção do lucro destinado para dividendos) saudável.

Os CTT pagaram este ano, referente ao exercício de 2016, um dividendo ilíquido de 0,48 euros. Destinou cerca de 72 milhões de euros para remunerar accionistas, acima do lucro de 62 milhões de euros registado em 2016.

Recomendação sobe para neutral

Apesar de considerar que o mercado se prepara para um corte de dividendo dos CTT, o JPMorgan melhorou a recomendação para as acções de ‘underweight’ (subponderar em relação ao sector) para neutral. E manteve o preço-alvo de 5,50 euros. As acções negociavam esta manhã em 5,436 euros.

Depois dos títulos terem descido mais de 15% desde o início do ano, o JPMorgan vê agora "um potencial de descida, em termos relativos e absolutos, mais limitado". Refere que os factores essenciais para as acções terem uma subida significativa passam "por uma melhoria da confiança na sustentabilidade do actual dividendo, que ultrapassa de longe a geração de ‘free cash flow’".

Além disso realçam que além da evolução dos volumes de correios, "o factor mais crítico é o progresso para ‘free cash flow’ no Banco CTT seguido de uma melhoria de rentabilidade do negócio em Espanha". O JPMorgan vê ainda as iniciativas do governo para comunicações digitais como um "risco-chave" para os CTT.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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