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Haitong: Taxa do carvão vai ser “marginalmente negativa para a EDP” mas com pouco impacto

O banco de investimento considera que a aplicação de uma taxa sobre o carvão vai ter um efeito “marginalmente negativo para a EDP (mas com um impacto muito pequeno)”. O Negócios avança que esta taxa pode custar tanto à eléctrica liderada por António Mexia como à Endesa mais de 7 milhões de euros em 2018.

International Power e EDP aceitam pagar contrapartida
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A taxa do carvão vai ter um efeito "marginalmente negativo para a EDP", tendo um "impacto muito pequeno" para a eléctrica. É assim que o analista Jorge Guimarães, do Haitong, vê a aplicação de um imposto sobre o carvão que é queimado nas centrais eléctricas.

O Negócios avança na edição desta quinta-feira, 19 de Outubro, que esta taxa do carvão vai custar entre 6,8 milhões e 7,2 milhões de euros em 2018 às duas únicas centrais térmicas em Portugal. Uma previsão do Ministério do Ambiente, a tutela que criou a taxa anti-carvão que vai penalizar a produção das centrais de Sines, da EDP, e do Pego, detida pela Tejo Energia, um consórcio formado pela Endesa (44%) e pela Trustenergy (56%).

Esta taxa "visa dar um primeiro passo na eliminação das isenções que promovem a utilização de combustíveis fósseis, o que habitualmente se designa por 'subsídios ambientalmente perversos'", explicou ao Negócios fonte oficial do Ministério do Ambiente.

O Haitong, numa nota de análise a que o Negócios teve acesso, avança que "o ritmo implícito de implementação da taxa do carvão pode ser mais rápido do que esperávamos e incorporado nas nossas recentes estimativas para a EDP (para 2018 esperamos um impacto negligenciável de um milhão de euros para a EDP)".

Jorge Guimarães refere ainda que é expectável que "o impacto total" para a EDP deste imposto seja alcançado no ano de 2022, atingindo os 14 milhões de euros.

Para a Endesa, defende, "isto é imaterial".

Na proposta de Orçamento do Estado para 2018, as empresas produtoras de electricidade a partir de carvão vão ser tributadas com uma " taxa correspondente a 10% da taxa de Imposto sobre Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP) e com uma taxa correspondente a 10% da taxa de adicionamento sobre as emissões de CO2".

Estas taxas começam nos 10% em 2018, mas sobem de forma agressiva até 2022, quando ambas atingem uma percentagem de 100%. Metade das receitas arrecadadas com a taxa anti-carvão destinam-se ao sistema eléctrico nacional ou para reduzir o défice tarifário, com a outra metade a  destinar-se ao Fundo Ambiental para medidas de "apoio à descarbonização".

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
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