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BPI: EDP faz emissão de dívida “a preços muito atractivos”

O BPI analisou a emissão de obrigações anunciada esta quarta-feira pela EDP e concluiu que a empresa conseguiu “preços muito atractivos” na operação. Estimam ainda que a empresa tem asseguradas necessidades de financiamento até 2020.

Bruno Simão
21 de Junho de 2018 às 11:13
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"A EDP conseguiu voltar ao mercado de dívida para angariar uma quantia relativamente alta e a preços muito atractivos", escrevem os analistas do BPI numa nota de research acerca da operação. Ainda de acordo com os mesmos, "as novas obrigações a serem emitidas deverão cobrir a maior parte da dívida que chega à maturidade em 2018", que no passado mês de Março era de 900 milhões de euros.

A eléctrica gerida por António Mexia emitiu 750 milhões de euros, com maturidade até Janeiro de 2026 e a remunerar um cupão de 1,625%, correspondente a uma yield de 1,67%. Este cupão situa-se "muito abaixo", daquele conseguido em Junho e Janeiro de 2017, notam os analistas. No início do ano passado, os obrigacionistas exigiram uma taxa de cupão de 1,875% sobre os 600 milhões emitidos e em Junho a taxa sobre a quantia de 867,9 milhões chegou aos 3,625%.

O cupão desta emissão fica contudo acima daquele conseguido na última emissão, que data de Novembro de 2017 – oferecendo um prémio de 105 pontos base. Na altura, a EDP emitiu 500 milhões prometendo uma taxa de 1,5% aos obrigacionistas. Também o Estado português conseguiu juros mais baixos que a eléctrica na mais recente operação comparável, nota o BPI.

Feitas as contas, a maturidade média da carteira de obrigações da EDP, que era de 4,9 anos em Março, "é estendida a um custo atractivo", diz o banco, que compara o cupão de 1,625% ao custo médio de 3,8% registado no mês de Março. Desta forma, a emissão "está em linha com a política financeira do grupo de estender o prazo médio do portefólio de dívida e reforçar a flexibilidade financeira".

Para além da mais recente emissão assegurar a remuneração da dívida com maturidade em 2018, os analistas do BPI estimam que "a liquidez da EDP, disponível em Março de 2018, é suficiente para cobrir as necessidades de refinanciamento para lá de 2020".

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