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BPI atribui potencial de 51% à Sonae após subir avaliação

Os resultados positivos no terceiro trimestre levaram o BPI a rever em alta as estimativas para a Sonae SGPS, o que resultou numa melhoria do preço-alvo para 1,15 euros por acção.

Paulo Azevedo, presidente e co-CEO da Sonae, é o 35.º Mais Poderoso de 2016.
11 de Novembro de 2016 às 13:01
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O BPI elevou o preço-alvo das acções da Sonae SGPS, de 1,05 euros para 1,15 euros por acção, mantendo a recomendação de "comprar".

 

A melhoria surge depois dos resultados "positivos" registados nos primeiros nove meses do ano, que contribuíram para que a unidade de "research" do BPI elevasse as estimativas para a cotada co-liderada por Paulo Azevedo e Ângelo Paupério.

 

A estimativa para o EBITDA foi aumentada numa média anual de 7% até 2018, o que traduz uma melhoria de 20% nos lucros por acção. "Depois da actualização das estimativas dos lucros por acção, a avaliação é agora mais atractiva", referem os analistas José Rito e Bruno Bessa, num research a que o Negócios teve acesso.

 

Os analistas adiantam que as acções da Sonae SGPS acumulam uma queda de 28% desde o início do ano (duplicando o desempenho negativo do PSI-20), sendo que o novo preço-alvo incorpora um potencial de valorização de 51%.

 

O BPI nota que os resultados do terceiro trimestre mostram "uma evolução positiva nas principais unidades da Sonae", com o negócio do retalho alimentar (Sonae MC) a mostrar "um forte crescimento comparável, devido a volumes de venda mais elevados, que acreditamos ficarem a dever-se a um novo posicionamento nos preços e na oferta de produtos frescos".

 

A contribuir para a melhoria da estimativas de resultados esteve também o negócio de retalho não alimentar (Sonae SR), a avaliação mais favorável das participações da Sonae noutras empresas e a valorização do real brasileiro.

 

Barclays pede mais progressos

 

Noutra nota de "research", o Barclays também elogia os resultados da Sonae no terceiro trimestre, assinalando que o crescimento comparável nas vendas da divisão de retalho alimentar (4,1%) foi o mais elevado desde o segundo trimestre de 2011.

 

Na Sonae SR (retalho não alimentar) também foram alcançadas "melhorias significativas", refere o Barclays, mostrando "confiança que os esforços de reestruturação implementados pela Sonae continuem a dar frutos".

 

Apesar dos comentários positivos, o Barclays assinala que a Sonae necessita de efectuar mais progressos, já que a cotada continua a ser penalizada pela "estrutura complexa, ‘free float’ (percentagem de capital dispersos em bolsa) limitado e elevado montante da dívida".

 

Além disso, "apesar da tendência de resultados estar a melhorar de forma gradual, a visibilidade limitada da evolução das margens da Sonae SR e Sonae MC impedem-nos de estar mais positivos nesta altura", acrescenta o Barclays.  

 

As acções da Sonae SGPS sobem 1,33% para 0,761 euros. Ontem valorizaram mais de 4% em reacção aos resultados anunciados na véspera.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

 

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