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BPI admite melhorar estimativas após resultados “positivos” da Sonae Capital
Os analistas do BPI mantiveram a recomendação de "comprar" e o preço-alvo de 1,20 euros, depois dos resultados "positivos" apresentados pela Sonae Capital. Os lucros mais do que duplicaram as estimativas.
Os analistas do BPI consideram que os resultados da Sonae Capital, referentes ao terceiro trimestre deste ano, são "positivos" e admitem melhorar as estimativas para o EBITDA, sobretudo devido aos hotéis e energia.
Depois do fecho da sessão de ontem, a Sonae Capital revelou que os seus lucros aumentaram 27,4%, no terceiro trimestre, para 3,98 milhões de euros, enquanto o volume de negócios ascendeu a 59,64 milhões de euros.
Contudo, considerando os primeiros nove meses, a Sonae Capital registou prejuízos de 500 mil euros, contra lucros de 12,26 milhões um ano antes.
Numa nota de análise, o BPI destaca que as vendas do terceiro trimestre ficaram 12% acima das estimativas, reflectindo sobretudo a evolução mais positiva do que o esperado dos braços dos hotéis, energia e da Sistavac, e a venda de activos imobiliários.
O EBITDA (12,15 milhões de euros) ficou 3 milhões acima do esperado, principalmente por causa dos hotéis, energia e do Troia Resort "que teve um desempenho ligeiramente superior ao antecipado" devido ao melhor mix de vendas.
Os lucros de quase 4 milhões comparam com as projecções do BPI de 1,9 milhões de euros, um desvio que reflecte também os custos financeiros, que foram inferiores às estimativas.
Os analistas admitem que há espaço "para rever em alta" as estimativas para o EBITDA, ao passo que as projecções para a dívida líquida, referentes a 2018, deverão aumentar "ligeiramente".
"A Sonae Capital apresentou um conjunto positivo de resultados. As condições do mercado imobiliário em Portugal continuam fortes e esperamos que a empresa continue a cristalizar valor dos seus activos não core, nomeadamente Tróia", concluem os analistas do BPI.
As acções da Sonae capital estão a subir 0,12% para 82,4 cêntimos, depois de terem chegado a valorizar um máximo de 1,94% para 83,9 cêntimos.
Considerando a cotação actual, a avaliação do BPI confere aos títulos um potencial de subida de 45,6%, já que o target foi mantido em 1,20 euros. A recomendação continua a ser de "comprar".
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.