O BBVA iniciou a cobertura das acções dos CTT na terça-feira, dia 28 de Janeiro, depois de ter estado envolvido na oferta pública inicial com que a empresa se estreou na bolsa. O preço-alvo atribuído às acções é de 7,20 euros. A recomendação é de “outperform”, equivalente a “comprar”.

O banco de investimento destaca a posição que os Correios de Portugal têm em Portugal, onde detém uma quota de mercado de 95% no seu principal negócio. A empresa tem uma estratégia “credível” para combater a deterioração das receitas e aumentar os resultados operacionais, dizem os analistas.

O analista Danel Ortea Hernández diz que o banco tem uma estratégia “credível” par contrariar a ameaça de quebra dos volumes de correspondência. “Acreditamos que os CTT podem mitigar parte deste declínio apoiando-se no seu poder de determinação de preços e medidas de redução de custos”, lê-se na nota de análise.

Além disso, a empresa poderá ainda apostar nos negócios de correio expresso e de serviços financeiros. Duas iniciativas que podem beneficiar do crescimento económico previsto. “De um modo geral antecipamos que os resultados demonstrem uma tendência positiva ao nível operacional, caracterizados pelas receitas estáveis e a diminuição dos custos”, enuncia o analista. O resultado é um crescimento do resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) estimado em 9,6%, no período de 2012 a 2015.

O banco de investimento destaca positivamente a política de dividendos dos CTT, que pagam 40 cêntimos por acção, este ano, aos accionistas. O montante total ascende a 60 milhões de euros e corresponde a 90% dos resultados líquidos que a empresa pretende apurar até ao final do ano.

As acções dos CTT seguem a desvalorizar 1,70% para 6,36 euros por acção e o preço-alvo do BBVA confere um potencial de 13%. Ao valor actual, as acções negoceiam com uma taxa de retorno do dividendo bruto (“dividend yield”) de 6,3%.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.