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Sonae mantém pagamento de dividendo apesar de Sonae Capital cancelar
Apesar de a Sonae Capital ter cancelado a distribuição da remuneração acionista, a Sonae mantém o pagamento do seu dividendo.
A Sonae SGPS mantém a proposta de remuneração acionista, apesar de a Sonae Capital ter esta segunda-feira cancelado a proposta de distribuição de dividendos que iria apresentar em assembleia-geral.
A administração da Sonae, recorde-se, anunciou no passado dia 18 de março que vai propor na AG um dividendo de 4,63 cêntimos por ação por conta dos resultados de 2019, o que corresponde a um aumento de 5% face aos 4,41 cêntimos distribuídos no ano passado.
Nesse mesmo dia, a empresa liderada por Cláudia Azevedo anunciou as contas de 2019, com um resultado líquido atribuível aos acionistas de 165 milhões de euros, menos 20,2% do que em 2018. Já as receitas cresceram 9,2%.
O dividendo proposto corresponde, assim, a 43% dos lucros da Sonae.
"Considerando o resultado líquido obtido no ano de 2019 e, de acordo com a prática recente de distribuição de dividendos, o conselho de administração irá propor em assembleia-geral de acionistas o pagamento de um dividendo bruto de 0,0463 euros por ação, 5% acima do dividendo distribuído no ano anterior", disse a retalhista no comunicado do relatório e contas.
O facto de a Sonae Capital - controlada maioritariamente pela Efanor – "holding" da família Azevedo – se ter juntado a outras cotadas no cancelamento de remuneração acionista por conta dos resultados de 2019, a Sonae SGPS mantém assim a intenção de pagar dividendo.
Esta segunda-feira, 6 de abril, a Sonae Capital – cujo "board" tinha anunciado em fevereiro que iria propor a distribuição de um dividendo líquido de seis cêntimos por ação – recuou nessa intenção devido ao contexto de incerteza decorrente da covid-19.
A empresa liderada por Miguel Gil Mata não afastou, contudo, a possibilidade de reavaliar a decisão.