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Wall Street dispara com discurso da Fed

Os principais índices bolsistas do outro lado do Atlântico inverteram para terreno positivo, depois de terem estado a negociar no vermelho. A sustentar o optimismo está a Reserva Federal norte-americana, que considera ‘improvável’ uma subida dos juros em Abril.

Bloomberg
18 de Março de 2015 às 20:37
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O índice industrial Dow Jones fechou a somar 1,27% para 18.076,19 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 1,2% para 2.099,26 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite encerrou a valorizar 0,92% para 4.982,82 pontos, depois de ter chegado a superar momentaneamente o patamar dos 5.000 pontos. O índice chegou a negociar num máximo de 5.001,57 pontos esta quarta-feira, depois de ter estado a ceder 0,6% para 4.907 pontos.

 

Este ano, o máximo do Nasdaq Composite foi atingido a 2 de Março, nos 5.008,57 pontos, altura em que ficou a apenas 1% do seu máximo histórico atingido em Março de 2000, antes do estoiro da bolha das dot.com.

 

A impulsionar o desempenho dos principais índices accionistas norte-americanos esteve a Reserva Federal. Os investidores têm especulado grandemente sobre o ‘timing’ que a Fed escolherá para voltar a subir os juros directores e hoje o banco central, presidido Janet Yellen, veio dizer que será altamente improvável que essa decisão seja tomada na reunião de Abril.

 

A Fed referiu que os dados económicos mais recentes mostram que o crescimento dos EUA tem sido moderado, o que intensificou a especulação de que a Reserva Federal não terá pressa em subir os juros. Isto apesar de ter retirado do seu discurso a menção de que seria "paciente" quanto ao ‘timing’ para tomar essa medida (‘paciência’ essa que, na altura, fez com que houvesse um consenso quanto à improbabilidade de a Fed regressar ao aumento das taxas directoras antes de Junho deste ano).

 

"Eles [Fed] retiraram Abril de cima da mesa, o que nos deixa Junho ou Setembro [como data provável para que se suba a taxa de referência (federal funds rate), há vários anos entre 0% e 0,25%]", comentou à Bloomberg um estratega da LPL Financial Corp., John Canally. 

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