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Wall Street soma e segue em território de recordes
Os principais índices bolsistas norte-americanos estabeleceram esta quinta-feira novos máximos históricos, com o Dow Jones a superar pela primeira vez o patamar mítico dos 25.000 pontos. Os bons dados económicos das maiores economias mundiais sustentaram a tendência.
O Dow Jones encerrou esta quinta-feira a valorizar 0,61%, para se fixar nos 25.075,13 pontos, tendo durante a sessão atingido um nível nunca antes visto, os 25.105,13 pontos.
Foi a primeira vez que o Dow se fixou acima dos 25.000 pontos e entrou bem lançado neste patamar. Só em 2017, o índice escalou 5.000 pontos [a maior valorização anual da sua história, desde que foi criado em Maio de 1896], mantendo neste arranque de ano o movimento de subida.
O Standard & Poor’s 500, por sua vez, fechou a somar 0,40%, nos 2.723,99 pontos – tendo na negociação intradiária atingido um máximo histórico nos 2.729,29 pontos.
Também o tecnológico Nasdaq Composite acompanhou a boa performance do outro lado do Atlântico, terminando a subir 0,18% para 7.077,91 pontos, o que constituiu um recorde de fecho. Durante a sessão chegou aos 7.098,05 pontos, patamar onde nunca tinha estado.
"Com o Dow Jones a atingir os 25.000 pontos pela primeira vez, parece não haver fim à vista para a escalada bolsista, que está a ser sustentada por dados do emprego muito mais robustos do que o esperado, o que constitui mais uma prova da solidez da economia norte-americana", comentou à Reuters o director de trading da plaforma online Infinox, Jacob Deppe.
A agenda pró-crescimento do presidente Donald Trump e os sólidos resultados empresariais estão também a ajudar a este optimismo.
"A Apple está a ter um bom desempenho, assim como a energia no geral", sublinhou Quincy Krosby, estratega da Prudential Financial, à Reuters.
Além das tecnologias – que em 2017 tiveram a melhor performance de Wall Street, com uma escalada de 37% – e da energia [à conta da subida dos preços do petróleo), também os títulos ligados aos serviços estiveram generalizadamente em alta com os bons dados do sector.
Pela negativa, destaque para a L Brands, dona da marca Victoria’s Secret, que cedeu mais de 11% depois de projecções decepcionantes para os lucros do primeiro trimestre.
Ainda no retalho, a Macy’s perdeu mais de 3% após reportar um fraco aumento das vendas na época natalícia e anunciar que vai fechar lojas e cortar milhares de empregos este ano.
Outras operadoras de lojas departamentais nos EUA, como a J.C. Penney, negociaram hoje igualmente no vermelho.