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Wall Street sobe à espera de "brilharete" da banca americana

As bolsas norte-americanas encerraram em alta, pela terceira sessão consecutiva. A animar a negociação desta segunda-feira esteve sobretudo o sector financeiro, com os analistas a estimarem uma forte época de apresentação de resultados.

Reuters
09 de Julho de 2018 às 21:04
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O Dow Jones fechou a ganhar 1,31% para 24.777,17 pontos e o Standard & Poor’s 500 somou 0,88% para 2.784,21 pontos.

 

Por seu lado, o índice tecnológico Nasdaq Composite valorizou também 0,88%, a valer 7.756,20 pontos.

 

As praças bolsistas de Wall Street foram sobretudo sustentadas pelo sector financeiro, a poucos dias do arranque da apresentação dos resultados do segundo trimestre na banca.

 

O índice do S&P para a banca somou 2,4%, naquele que foi o seu maior ganho percentual em mais de três meses, ajudado também pela subida dos juros da dívida soberana dos EUA.

 

Entretanto, o JPMorgan, Wells Fargo e Citigroup vão dar na sexta-feira o pontapé de saída na divulgação das contas para o período de Abril a Junho e a expectativa aponta para números robustos.

 

"O mercado está a antecipar uma época de resultados muito boa, ignorando por isso os receios relativos às tensões comerciais", comentou à Reuters um gestor de carteiras na Kingsview Asset Management, Paul Nolte.

 

Além dos resultados e da subida dos juros da dívida, há mais um factor a sustentar a banca e a contribuir para esta força no sector: as fusões nos Estados Unidos, que levaram as comissões das instituições financeiras a atingirem recordes.

 

Diz a Reuters que no primeiro semestre se registou um valor recorde de 1,45 biliões de dólares de empréstimos sindicados nos EUA a empresas – para procederem a aquisições, leveraged buyouts (operações financiadas que implicam o uso de dívida como meio de pagamento pela aquisição do controlo de uma empresa), distribuição de dividendos e refinanciamento. Isto levou a que as comissões dos bancos pela intermediação dos empréstimos disparassem para máximos de sempre.

 

Os 8,1 mil milhões de dólares encaixados na primeira metade do ano pela banca, em comissões, superam o anterior recorde de 8 mil milhões – atingido no segundo semestre de 2017, segundo a Freeman Consulting Services.

 

Também o sector industrial esteve hoje a impulsionar os principais índices de Wall Street, com a Caterpillar a dar o maior estímulo ao Dow Jones. O sector industrial do S&P avançou 1,8%, com grandes títulos defensivos – como a Boeing, Lockheed Martins e Northrop Grumman – a jogarem ao ataque e a ganharem terreno, isto depois das recentes perdas devido ao escalar das tensões comerciais.

 

Em destaque pela negativa esteve o Twitter, a afundar 5,42% para 44,12 dólares [tendo chegado a mergulhar mais de 8%] depois de o The Washington Post ter reportado que a rede social das micromensagens suspendeu mais de 70 milhões de contas falsas em Maio e Junho – algo que os analistas consideram que pode ser negativo para os dados relativos ao crescimento dos utilizadores.

 

Tudo isto ajudou a ofuscar os receios em torno das disputas comerciais. Já na passada sexta-feira, dia em que entraram em vigor as tarifas comerciais recíprocas dos EUA e da China, esse cenário pesou no sentimento dos investidores mas não foi suficiente para acabar com o optimismo perante os dados do emprego.

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