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Wall Street regressa em alta à negociação com eventual concessão comercial
Depois do Dia da Independência, as principais praças norte-americanas regressaram à negociação bolsista em alta perante a expectativa de que Washington possa fazer concessões na aplicação de maiores tarifas aduaneiras sobre a importação de automóveis oriundos da UE.
O índice Dow Jones abriu a sessão desta quinta-feira, 5 de Julho, a somar 0,74% para 24.354,64 pontos, acompanhado pelo Nasdaq Composite a apreciar 0,71% para 7.555,598 pontos, e pelo Standard & Poor’s 500 a avançar 0,61% para 2.729,65 pontos. Wall Street regressa assim com optimismo à negociação bolsista depois de ontem ter parado por ocasião do feriado nacional do Dia da Independência.
A apoiar o sentimento dos investidores está a expectativa de que a administração norte-americana recue, mesmo que parcialmente, na ameaça de aplicar uma taxa alfandegária de 20% sobre a importação de automóveis ligeiros fabricados na União Europeia.
Uma fonte do sector automóvel revelou à agência Reuters que, esta quinta-feira, o embaixador alemão junto dos Estados Unidos disse aos líderes das principais fabricantes germânicas que a Casa Branca poderá deixar cair a ameaça de reforçar as tarifas aduaneiras sobre as importações de veículos produzidos na União. Note-se que Bruxelas já tinha ameaçado responder na mesma moeda a tal decisão da administração liderada pelo presidente Donald Trump.
Este atenuar da tensão está a contribuir para ganhos no sector automóvel norte-americano, com a General Motors a subir 1,72% para 39,64 dólares e a Fiat Chrysler a disparar 5,75% para 17,14 dólares. Já a Ford aprecia 0,59% para 11,06 dólares.
Por outro lado, falta apenas um dia para que entrem em vigor as novas taxas alfandegárias sobre bens chineses num montante de 34 mil milhões de dólares, ao que Pequim afiança que responderá com tarifas de valor equivalente.
Esta quinta-feira a Reserva Federal dos Estados Unidos vai divulgar as actas referentes ao último encontro do banco central, que decorreu nos dias 12 e 13 de Junho e do qual saiu a segunda subida dos juros decretada em 2018. Os investidores esperam que as actas mostrem sinais sobre quais os momentos que poderão ser escolhidos para novos aumentos do custo do dinheiro na maior economia mundial, sabendo-se que a Fed pretende realizar entre uma e duas novas subidas dos juros até ao final deste ano.
(Notícia actualizada às 14:45)