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Wall Street regista pior sessão desde "sell-off" de agosto. Nvidia afunda quase 10%

As bolsas norte-americanas regressaram à negociação com perdas avultadas. Os receios de uma recessão económica nos EUA continuam a definir os movimentos dos investidores, com as tecnológicas a sairem mais prejudicadas.

Lucas Jonhson / Reuters
03 de Setembro de 2024 às 21:33
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Foi um arranque de setembro muito pessimista para as bolsas norte-americanas. Wall Street encerrou a sessão desta terça-feira em território negativo, com os principais índices a registarem as maiores quedas desde o "sell-off" das ações globais registado no início de agosto.

Apesar do início de um ciclo de alívio da política monetária já na próxima reunião ser praticamente certo – o mercado já incorporou um corte de 25 pontos base nas taxas de juro -, os investidores estão incertos em relação à magnitude desses cortes e à estabilidade económica do país. Esta terça-feira foi divulgada a evolução do índice de gestores de compras para a indústria no mês de agosto, que ficou abaixo das expectativas dos analistas.

O tecnológico Nasdaq Composite foi o que mais caiu entre os três principais índices norte-americanos, ao deslizar 3,26% para 17.136,30 pontos. O sentimento alastrou-se para o S&P 500, que caiu 2,12% para 5.528,93 pontos, e para o Dow Jones, que recuou 1,51% para 40.936,93 pontos.

As ações das grandes tecnológicas foram as que mais pressionaram Wall Street, com a Nvidia a liderar o pelotão das perdas. A fabricante de semicondutores afundou 9,53% para 108 euros e continua a ser castigada em bolsa por um "outlook" para o próximo trimestre abaixo das expectativas mais altas de alguns analistas – que até agora a Nvidia tem conseguido ultrapassar. As perdas alastraram-se para o resto do setor dos semicondutores, com a Mícron, a KLA e a AMD a registarem quedas esta terça-feira.

Entre as restantes "Sete Magníficas", a Microsoft recuou 1,85% e a Tesla perdeu 1,64%, isto depois de ter sido divulgado que a fabricante de automóveis planeia produzir uma variante de seis lugar do seu Model Y na China, a partir de finais de 2025.

As quedas registadas esta terça-feira em Wall Streer procedem um mês de agosto positivo para as ações mundiais, mas que demonstrou grande volatilidade na negociação. "O mercado, neste momento, parece estar muito nervoso com qualquer dado que é divulgado", afirmou Larry Tentarelli, estratega da Blue Chip Trend Report, à CNBC. "Tornamo-nos um mercado muito dependente de dados", explicou.

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