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Wall Street recupera com ajuda das tecnologias

Os principais mercados acionistas do outro lado do Atlântico encerraram em alta, a recuperar das perdas da sessão de segunda-feira.

É um ano louco. As bolsas americanas caíram nos últimos dois dias, depois de ter recuperado todas as perdas do ano um dia antes.
Reuters
22 de Setembro de 2020 às 21:21
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O Dow Jones fechou a somar 0,52% para 27.288,18 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 1,05% para 3.315,57 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 1,71% para 10.963,64 pontos.

 

Os índices estiveram a recuperar das quedas de ontem, com os investidores a digerirem as expectativas da Reserva Federal norte-americana de melhoria da economia com a perspetiva de um longo caminho até à recuperação plena – reiterada hoje pelo presidente da Fed, Jerome Powell, na Câmara dos Representantes.

 

O presidente da Fed Chicago, Charles Evans, sublinhou entretanto, esta terça-feira, que os juros diretores poderão subir antes de a meta de 2% para a inflação ser atingida. Isto depois de o banco central ter dado sinais, na semana passada, de que poderia manter os juros em torno de zero até 2023.

 

Powell também pediu hoje mais ajuda às pequenas e médias empresas, aquando da sua comparência perante a Câmara dos Representantes.

 

Apesar da recuperação de hoje, Wall Street está ainda a caminho da primeira queda mensal desde março, devido sobretudo aos receios de que o Congresso não aprove mais um pacote de estímulos orçamentais, ao mesmo tempo que o aumento global de casos de covid-19 reforçou o espectro de mais "lockdowns".

 

Nos EUA, as mortes resultantes do coronavírus atingiram já as 200.000.

 

A sustentar a sessão desta terça-feira estiveram tecnológicas de peso, como a Apple, Amazon, Alphabet e Microsoft.

 

Já a Tesla, que também está cotada no Nasdaq, negociou em contraciclo e encerrou a ceder 5,60% para 424,23 dólares, à espera do evento "Dia da Bateria" agendado para as 21:30 (hora de Lisboa) de hoje.

 

Alguns investidores esperavam por anúncios cruciais sobre as últimas melhorias na tecnologia de baterias da Tesla, mas o CEO da fabricante de veículos elétricos, Elon Musk, minimizou o papel do evento de hoje, sublinha a XTB Online Trading.

 

O CEO da Tesla disse no Twitter que a empresa aumentaria as compras de células de bateria da Panasonic, LG e CATL. "No entanto, mesmo com os nossos fornecedores de células ao máximo ritmo, ainda prevemos uma escassez significativa em 2022 e para lá desse ano, a menos que também tomemos medidas", alertou.

 

Além disso, Musk acrescentou que aumentar a produção de novas tecnologias pode ser mais difícil do que o esperado (decididamente muito mais difícil do que fazer alguns protótipos).

 

As ações reagiram assim em baixa às declarações de Musk. Se o clima negativo prevalecer após o evento, os investidores poderão observar um movimento de queda mais acentuado, adverte a XTB.

 

Entre os setores que hoje mais ajudaram à subida em Wall Street, além das tecnologias, estiveram o retalho e o imobiliário.

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