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Twitter desvaloriza 5% na segunda sessão de bolsa

As acções da rede de mensagens limitadas a 140 caracteres iniciaram a segunda sessão de bolsa em alta de mais de 2% e prolongam assim os ganhos de mais de 70% no dia de estreia na bolsa de valores.

Bloomberg
08 de Novembro de 2013 às 16:52
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O Twitter está a perder cerca de 5% na sua segunda sessão bolsa e corrige parte dos ganhos acentuados que registou no dia em que se estreou na bolsa de valores de Nova Iorque. A empresa que gere a rede de micro-mensagens vê as suas acções recuarem 5,12% para 42,60 dólares num dia em que chegou a valorizar 4,54% para os 46,94 dólares.

 

Ainda assim, os títulos não chegaram a negociar no máximo de 50,09 dólares que foram transaccionados na quinta-feira, marcando o valor máximo da recém-cotada. O Twitter levou a cabo uma oferta pública inicial (IPO) em que permitiu aos subscritores da operação comprar títulos, pela primeira vez, ao preço de 26 dólares por acção.

 

O IPO terminou ontem com a admissão dos títulos à cotação no mercado nova-iorquino da NYSEuronext, data em que os investidores, banqueiros e gestão da empresa com sede em São Francisco viram os títulos disparar em bolsa. Os títulos entraram para o mercado a negociar nos 45,10 dólares e encerram o dia nos 44,90 dólares, subindo 72,7%.

 

O comportamento do Twitter na primeira sessão revelou que o apetite dos investidores pelas acções da rede social era suficiente para justificar o preço do IPO e, ainda, para suportar uma valorização dos títulos que permitisse aos investidores iniciais ganharem dinheiro com a operação. No entanto, desvendou potencial para que a empresa tivesse um encaixe maior com a operação.

 

Twitter pagou 1,5 mil milhões pela má-experiência do Facebook

 

Robert Armstrong, editor da unidade de análise do “Financial Times” (hiperligação em inglês) – o Lex –, explica que a empresa poderia ter encaixado mais 1,5 mil milhões de dólares na operação, tendo em conta o número acções vendidas no IPO, o seu preço e o valor de fecho na primeira sessão.

 

“É muito dinheiro que os subscritores iniciais receberam e que a empresa não recebeu. Mas temos de nos lembrar que toda esta oferta ocorreu à sombra da má experiência da oferta do Facebook”, referiu o analista do Lex. O Goldman Sachs liderou o processo de IPO tendo como prioridade criar um negócio satisfatório para os investidores, referiu. "Portanto, esta é uma taxa 1,5 mil milhões para se certificarem de que as acções subiam no primeiro dia de negociação e de que toda a gente ficaria satisfeita”, concluiu.

 

Preço do Twitter é “insano” mas não “delirante”

 

O valor a que as acções do Twitter estão a ser transaccionadas levaram o editor do “Financial Times” a expressar cepticismo sobre o potencial de ganhos ao investir na rede de mensagens limitadas a 140 caracteres. No entanto, disse, não é necessário estar “delirante” para aceitar o preço a que os títulos encerraram a sessão, explicou.

 

“Se imaginarmos que o Twitter vai crescer ao mesmo ritmo que o Facebook cresceu, desde que tinha a dimensão e as receitas do Twitter, pode fazer sentido pagar 45 dólares por acção. O problema é que, a 45 dólares, não temos muita margem de erro. Se as receitas de publicidade não florescerem tanto como as do Facebook, [a empresa] não vale 45 dólares” por acção, disse.

 

Robert Armstrong referiu ainda que o futuro da recém-cotada depende das receitas de publicidade, sendo essa a rubrica a que os investidores devem estar atentos.

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