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Trump alimenta "rally" em Wall Street
O mercado está focado nas negociações entre a China e os Estados Unidos e Donal Trump alimentou a expectativa positiva que se está a formar sobre a possibilidade de ser fechado um acordo comercial.
As bolsas norte-americanas fecharam em alta pela terceira sessão consecutiva, numa altura em que a atenção dos investidores está focada nas negociações entre a China e os Estados Unidos para um acordo comercial.
A expectativa de que as duas maiores economias do mundo vão chegar a um acordo e pôr fim à guerra comercial tem aumentado, o que está a animar a negociação bolsista.
E Trump deu uma ajuda a impulsionar este otimismo, já que revelou no Twitter que "as negociações com a China estão a correr muito bem".
Talks with China are going very well!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 8, 2019
Os índices fecharam o dia com ganhos em linha com os registados na abertura, mostrando que a expectativa está focada nas novidades sobre o que se passa em Pequim. Pouco mais se soube do que o tweet de Trump, pelo que os índices ficaram estáveis ao longo da sessão.
O Dow Jones fechou a subir 1,09% para 23.787,45 pontos, o Nasdaq avançou 1,08% para 6.897 pontos e o S&P500 apreciou 0,97% para 2.574,41 pontos.
Os índices em Wall Street subiram pela terceira sessão seguida e desde o início do ano marcam ganhos em torno de 3%, anulando assim uma parcela das quedas sentidas no final de 2018.
Esta semana China e EUA estão a encetar negociações comerciais, no âmbito das tréguas anunciadas em dezembro para facilitar as conversas entre os dois países.
Na sessão de hoje os índices foram impulsionados pelas cotadas do setor dos transportes, telecomunicações e tecnologias, enquanto o setor financeiro esteve em queda.
A Boeing destacou-se pela positiva (as ações valorizaram 3,79) depois da fabricante de aviões ter anunciado um nível de encomendas forte no quarto trimestre. A PG&E, gigante elétrica da Califórnia, afundou 7,24% devido aos relatos de que está à beira da falência.
A contribuir para a subida recente das bolsas está também a perspetiva de um aperto da política monetária nos EUA menor, com a Reserva Federal (Fed) a prever agora apenas dois aumentos de juros este ano, em vez das três subidas anteriormente estimadas.
"Os investidores estão felizes com a tendência positiva do ambiente atual, mas continuam cautelosos com reações que provocam quedas pronunciadas devido aos movimentos que vimos nas últimas semanas e meses", salientou à Bloomberg Nick Twidale, da Rakuten Securities.
"Os operadores continuam muito conscientes de que vários fatores geopolíticos que têm prevalecido e influenciado o mercado nos últimos 12 meses continuam a ser relevantes", sublinhou o mesmo responsável.