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Títulos defensivos catapultam Wall Street para novos recordes
As bolsas norte-americanas encerraram uma vez mais em alta, com os principais índices a marcarem novos máximos históricos. Apesar do impasse nas negociações comerciais, o prolongamento de tréguas com a Huawei ajudou ao otimismo.
O Dow Jones fechou a sessão desta segunda-feira somar 0,08% para 28.027,13 pontos, depois de marcar um novo máximo histórico durante o dia, nos 28.040,97 pontos.
Já o S&P 500 avançou 0,05% para 3.122,03 pontos, tendo na negociação intradiária estabelecido um valor nunca antes visto, nos 3.124,17 pontos.
Também o tecnológico Nasdaq Composite fixou um recorde, nos 8.559,78 pontos, terminando depois a jornada a subir 0,11% para 8.549,94 pontos.
Durante a sessão, os principais índices do outro lado do Atlântico chegaram a negociar no vermelho, devido ao impasse na frente comercial EUA-China.
Isto depois de relatos de que Pequim está pessimista quanto às probabilidades de alcançar um acordo comercial com Washington, já que há pendentes difíceis de ultrapassar.
Na sexta-feira, as bolsas tinham sido impulsionadas por sinais de que a assinatura de um acordo comercial parcial (chamado de "fase um") entre os EUA e a China poderia estar para breve. Larry Kudlow, conselheiro económico da Casa Branca, disse que as negociações entre os dois países estavam a ser ultimadas, o que animou os mercados. Mas hoje a prudência regressou.
No entanto, Wall Street conseguiu regressar aos ganhos com a notícia de que os Estados Unidos decidiram alargar por mais três meses a autorização para as empresas norte-americanas venderem equipamento à tecnológica chinesa Huawei.
A liderar os ganhos nas bolsas norte-americanas estiveram sobretudo os títulos defensivos, como as cotadas dos bens de primeira necessidade e do setor da eletricidade.
Em épocas de incerteza, os investidores preferem os títulos defensivos em vez de cotadas de setores mais cíclicos, como a energia e a farmacêutica.
Os setores cíclicos são mais vulneráveis a determinadas variáveis, como a inflação, taxas de juro e atividade económica – sendo, por isso, mais impactados por crises, variações cambiais ou outros fatores de ordem económica.