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Sonae já sobe mais de 17% desde o anúncio da fusão da Sport Zone
As acções da Sonae subiram mais de 17% desde Março, enquanto o sector na Europa perdeu mais de 3%. A fusão da Sport Zone com a JD Sports é vista como "positiva" pelos analistas.
As acções da Sonae estão a negociar no valor mais elevado em quase três semanas, animadas pelo anúncio de que a empresa fechou o acordo com a britânica JD Sports para a fusão dos seus negócios na Península Ibérica com a Sport Zone. Os títulos ganham, nesta altura, 0,83% para 96,8 cêntimos, o valor mais alto desde 28 de Agosto.
A confirmação foi dada esta manhã, mas a operação de fusão já era conhecida desde Março, altura em que foi anunciada a assinatura de um memorando de entendimento entre a retalhista portuguesa e a empresa do Reino Unido.
Desde esse anúncio, a 9 de Março, os títulos da Sonae acumulam uma valorização de 17,5%, acima da subida do PSI-20 (11,7%) e em contraciclo com o sector na Europa (-3,37%).
A fusão é vista como positiva pelos analistas do BPI, que destacam, porém, que a operação já estava a ser incorporada e assumida como certa.
"Vemos isto como um resultado positivo para a empresa continuar a desbloquear valor dos seus activos ao mesmo tempo que melhora o seu perfil de resultados. Ainda assim, pensamos que o mercado já estava a incorporar [a fusão] como um acordo fechado", referem os analistas numa nota divulgada esta quinta-feira.
Na análise da operação, o BPI refere ainda que tem vindo a assumir a junção das duas companhias a partir do quarto trimestre, e que a próxima etapa para a Sonae poderá ser um passo semelhante no seu negócio de electrónica.
Os analistas lembram que esta área tem assistido a movimentos de consolidação na Europa (a Ceconomy, dona da Media Markt comprou 25% da Fnac) que poderão estender-se à Sonae.
Além do anúncio da fusão, a empresa co-liderada por Paulo Azevedo tem beneficiado da melhoria dos indicadores sobre a economia portuguesa, nomeadamente a recuperação do consumo.
Há menos de um mês, a Sonae revelou que os seus lucros cresceram 39,7% no segundo trimestre para 65 milhões de euros. Nos primeiros seis meses deste ano, o volume de negócios cifrou-se em 2,6 mil milhões de euros, um crescimento de 8% face ao mesmo período do ano passado.