A Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Sonae sobre a Sonaecom terminou sem que a "holding" conseguisse alcançar a fasquia dos 90% do capital da visada, necessários para avançar para uma OPA potestativa e retirar a empresa de bolsa.

De acordo com os resultados da OPA divulgados esta segunda-feira, a Sonae apenas conseguiu comprar 474.239 ações da Sonaecom, correspondentes a 0,152% do capital, através do serviço de centralização de Bolsa.

Já em bolsa, nenhum dos detentores de ações da empresa liderada por Ângelo Paupério (na foto) quis vender os títulos pela contrapartida de 2,5 euros oferecida.

Assim, após a OPA, a Sonae detém 88,837% do capital da Sonaecom e 90,456% dos direitos de voto.

"Considerámos que a melhor solução para todas as partes seria a saída da Sonaecom da bolsa de valores. Por isso, fizemos uma oferta pública voluntária a um preço que a própria CMVM considerou justo, com o objetivo de dar uma oportunidade aos acionistas minoritários de venderem as suas participações por um valor muito superior ao da cotação da ação nos últimos anos", indica fonte oficial da Sonae ao Negócios.

"Fizemos o que nos competia e respeitamos a decisão dos acionistas que preferiram manter as suas ações. Reiteramos que estamos tranquilos com este resultado e confiantes no futuro da Sonaecom, que continuará a implementar a sua estratégia e a investir no seu desenvolvimento, com foco nos sectores de telecomunicações, tecnologia e na procura de novas áreas de crescimento", conclui.