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Sonae e BCP levam PSI-20 a fechar em máximos de quase um ano e meio

Além da retalhista e do banco liderado por Nuno Amado - na primeira sessão depois da melhoria de perspectiva da Fitch -, também o sector industrial deu gás à bolsa portuguesa.

Miguel Baltazar/Negócios
19 de Junho de 2017 às 16:43
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A primeira sessão da semana foi positiva para a praça portuguesa, com o índice nacional a fechar em máximos de quase um ano e meio e a acompanhar os ganhos do resto do Velho Continente.

O PSI-20 terminou esta segunda-feira, 19 de Junho, com a segunda valorização consecutiva (de 1,07% para 5.330,60 pontos), em máximos de 24 de Dezembro de 2015, com 16 títulos em alta, dois em queda e um inalterado, na primeira negociação pós-melhoria da perspectiva da Fitch sobre a dívida portuguesa e depois de o presidente francês ter assegurado a maioria absoluta no parlamento. Apesar de ser o fecho mais elevado em mais de um ano, na análise intra-diária o índice negociou em valores mais elevados nas últimas sessões.


A conduzir as valorizações estiveram os títulos da Sonae (a disparar 4,31% para 0,969 euros), do BCP (ganhou 2,27% para 0,2429 euros) e das industriais Corticeira Amorim, Navigator e Semapa. Do lado das quedas estiveram Mota-Engil (a corrigir 1,73% para 2,606 euros, face às valorizações recentes), além da EDP Renováveis (ligeiros -0,01% para 7,029 euros).


Na sexta-feira a agência de notação Fitch melhorou a sua perspectiva para o "rating" de Portugal – passando a positiva – levando a crer que poderá vir a subir a classificação da dívida soberana lusa, actualmente no primeiro degrau de investimento especulativo. No sector financeiro - mais exposto às condições de financiamento nos mercados internacionais - o Montepio avançou 1,93% para 0,528 euros.

Com o preço do petróleo pouco alterado em Londres e em Nova Iorque, a Galp ganhou 0,55% para 13,66 euros. O maior ganho do índice coube contudo à Ibersol, a subir 5,97% para 15,365 euros, o valor de fecho mais elevado até ao momento e a menos de 14 cêntimos dos 15,5 euros que são o máximo absoluto da acção.

No resto da Europa as negociações foram ainda condicionadas pelo entorno político. O parisiense CAC40 sobe 0,9% para 5.310,72 pontos no rescaldo da segunda volta das legislativas ocorrida ontem e em que o partido do presidente Emmanuel Macron, o La République en Marche, conquistou 350 dos 577 assentos no parlamento. A maioria sólida no hemiciclo dá maiores garantias da implementação de reformas económicas ao executivo Macron.

Nos Estados Unidos o tom é igualmente positivo, com dois dos principais índices a renovarem máximos históricos - o S&P 500 e o industrial Dow Jones. A aproveitar o movimento de subidas está ainda o tecnológico Nasdaq, em recuperação das quedas recentes.

Já o dólar avança depois de na semana passada a Reserva Federal ter aumentado juros nos EUA. Esta segunda-feira o presidente da Fed de Nova Iorque, William Dudley, considerou que a expansão económica do país ainda tem caminho para andar e que a inflação ainda está distante dos objectivos da autoridade monetária. Ainda assim, o responsável espera uma aceleração no ritmo de crescimento dos rendimentos das famílias.

(Notícia actualizada às 16:52 com mais informação)

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