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REN diz que dividendo vai ficar mais atractivo
Gonçalo Morais Soares, CFO da REN, está confiante na aceitação do aumento de capital, que diz ser estratégico. O maior accionista, a State Grid, deverá participar na operação.
A REN está confiante que haverá uma boa aceitação ao aumento de capital anunciado esta semana. Gonçalo Morais Soares, CFO da empresa, realça que o desconto aplicado na operação é mais baixo que a média na Europa, o que demonstra a confiança da administração na operação. Do ponto de vista dos investidores, defende que o dividendo da companhia ficará mais atractivo após o reforço de capitais.
As novas acções da REN serão vendidas a 1,877 euros, um valor que apresenta um desconto de 29% face ao preço de fecho de sexta-feira ou de 25% considerando o TERP (preço teórico final). "Esse desconto em relação à maioria das operações na Europa é abaixo da média", explica Gonçalo Morais Soares, em entrevista ao Negócios. Para o CFO da REN, "o facto de ser abaixo da média demonstra que o conselho de administração está confiante, como o sindicato dos bancos está confiante que a operação se faz. São boas garantias para todos os accionistas".
"Continuamos a receber algumas intenções de accionistas e, até ao início do aumento de capital, uma percentagem maior de accionistas terá demonstrado o seu interesse em ir", adiantou o CFO da empresa, que acredita que "quando a operação se concluir vamos ver que há uma percentagem bastante grande dos actuais accionistas que vão aderir ao aumento de capital".
O facto de se tratar de uma operação estratégica e de o retorno de dividendo sair reforçado torna, na opinião do CFO da REN, esta uma boa operação para os investidores. "Quando se faz esta operação, em que se emitem acções com um preço mais baixo, dada a nossa intenção de manter o dividendo (17,1 cêntimos), o dividendo ainda se torna mais interessante", explica.
Em relação a novas emissões, o CFO da REN garante que a empresa irá regressar ao mercado com uma emissão de obrigações no "curto prazo", num valor que oscilará entre os 300 e 400 milhões de euros. "Se não for ainda este ano, há-de ser algures no início do ano que vem", adiantou, acrescentando que "momento do mercado continua a ser bom".