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Recuperação espectacular na última hora deixa Wall Street em alta

As bolsas norte-americanas negociaram em terreno negativo durante grande parte da sessão e o Nasdaq Composite perdia mais de 3% a uma hora do fecho. Mas entretanto deu-se uma reviravolta e Wall Street fechou em alta.

Reuters
27 de Dezembro de 2018 às 21:02
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Os principais índices bolsistas dos EUA encerraram em alta, após uma espectacular recuperação nos últimos 60 minutos de transacção. Durante o dia estiveram em terreno negativo, depois de ontem registarem a melhor sessão em três anos – com o shutdown, a guerra comercial e o abrandamento económico mundial a pesarem no sentimento dos investidores. Mas entretanto o vento mudou e o optimismo regressou ao outro lado do Atlântico.

 

O Dow Jones encerrou a somar 1,14% para 23.138,82 pontos, depois de ontem ter registado o maior ganho de sempre, em pontos, ao subir mais de 1.000 pontos. Conseguiu, assim, regressar ao patamar dos 23.000 pontos.

 

Por seu lado, Standard & Poor’s 500 avançou 0,86% para 2.488,83 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite fechou a ganhar 0,38% para 6.579,49 pontos.

 

A uma hora do fecho, o Nasdaq caía mais de 3% e os restantes congéneres perdiam também mais de 1%. Mas o sentimento de optimismo regressou nos 60 minutos finais e os índices conseguiram encerrar no verde.

 

O sector energético foi dos que mais penalizou a negociação do outro lado do Atlântico. Uma vez que também os preços do petróleo regressaram às quedas, depois da forte subida de ontem, as cotadas do sector foram bastante castigadas esta quinta-feira.

 

Também as tecnologias estiveram a cair, com destaque para as perdas da Amazon, Facebook, Alphabet (dona da Google), Netflix e Apple, que caíram entre 2% e 5%. No entanto, na última hora acabaram por conseguir reduzir as perdas e a maioria fechou mesmo em alta.

 

Apesar desta subida nos momentos finais de transacção, o mercado continua a ser pressionado pelos receios em torno da paralisação (shutdown) parcial dos serviços federais nos EUA, bem como pela guerra comercial entre Washington e Pequim e a desaceleração económica mundial. Tudo isto intensifica o temor de uma recessão a nível global.

 

Recorde-se que o Dow e o S&P 500 estão em território de correcção (queda de pelo menos 10% face ao último máximo), ao passo que o Nasdaq Composite voltou a "bear market" (quando perde pelo menos 20% face ao último máximo) – de ontem tinha saído momentaneamente com os ganhos de ontem.

 

As bolsas do outro lado do Atlântico continuam em posição de poderem registar o pior mês de Dezembro desde 1931 – em plena Grande Depressão.

 

O Dow ganhou ou perdeu mais de 350 pontos em sete das últimas nove sessões. Estes fortes ganhos e perdas mostram que os investidores continuam com os nervos à flor da pele e qualquer notícia sobre determinados temas pode mudar o sentimento. São eles a evolução da economia, da política monetária da Fed, das relações comerciais e do shutdown.

 

Os mercados que caem 20% ou mais quando a economia está forte costumam regressar às subidas, recorda a CNN Business. Foi, por exemplo, o que aconteceu em 1987 após a Segunda-Feira Negra, em 1998 depois da crise da dívida na Rússia, e em 2011 após o corte de rating da dívida soberana dos EUA.

 

Assim, tudo é ainda possível. As bolsas dos EUA poderão em 2019 marcar novos máximos históricos… ou as quedas dos últimos três meses podem ser uma advertência de recessão e um sinal de que o pior está ainda para vir, sublinha a CNN.

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