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PSI-20 em pleno no verde com Galp a somar perto de 4%
O dia volta a ser de ganhos nas principais bolsas europeias. Em Lisboa, a petrolífera Galp afirma-se no verde.
A bolsa nacional abriu em alta pela segunda sessão consecutiva, com o índice nacional, o PSI-20, a valorizar 2,09% para os 4.102,23 pontos. Todas as cotadas seguem em terreno positivo exceto uma, a Novabase, que se mostra inalterada.
A Europa reúne-se no verde depois de na última sessão o índice que agrega as 600 maiores cotadas, o Stoxx600, ter valorizado perto de 4%. O ânimo é generalizado perante a contabilização de um número de casos e mortes mais baixo em muitos dos epicentros da epidemia de coronavírus, nomeadamente Alemanha, Itália, Espanha e França. Em Nova Iorque, onde a situação tem vindo a preocupar crescentemente, a situação também parece ser de alívio. Na China, pela primeira vez desde que se instalou o surto, não há registo de novos óbitos decorrentes do vírus.
Por cá, o peso pesado que mais impulsiona é a Galp, com uma valorização de 3,73% para os 10,29 euros, num dia de recuperação para o petróleo. O barril de Brent ganha 2,90% para os 34,02 dólares, depois de o petróleo ter negociado em forte baixa nos principais mercados internacionais, penalizado pelo adiamento da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados (o chamado grupo OPEP+). A reunião estava prevista para ontem, mas no domingo foi formalmente adiada para dia 9 de abril, e esperava-se que desta resultasse uma redução concertada de pelo menos 10 milhões de barris por dia.
Ainda em força no índice nacional está o banco BCP, que avança 2,30% para os 9,35 cêntimos. A também pesada Jerónimo Martins soma 0,63% para os 16,10 euros, na primeira sessão após ter anunciado que as lojas do Recheio, cadeia de cash and carry da Jerónimo Martins, passam a vender também aos consumidores particulares. O grupo também anunciou ontem que vai aumentar para 500 euros o prémio pago anualmente aos trabalhadores, num total de 10 milhões de euros.
Ainda no setor do retalho, a Sonae mostra fortes ganhos, de 3,97% para os 66,75 cêntimos, enquanto outra cotada do grupo, a Sonae Capital, avança uns mais modestos 0,66%.
A empresa liderada por Miguel Gil Mata tinha anunciado em fevereiro que iria propor a distribuição de um dividendo líquido de seis cêntimos por ação, mas voltou atrás na decisão devido ao contexto de incerteza decorrente da covid-19.
Apesar da decisão da Sonae Capital, a Sonae SGPS mantém a proposta de remuneração acionista de 4,63 cêntimos por ação por conta dos resultados de 2019, o que corresponde a um aumento de 5% face aos 4,41 cêntimos distribuídos no ano passado.
(Notícia em atualizada às 08:30)