A bolsa nacional encerrou em queda a sessão desta quarta-feira, 8 de janeiro, pela quarta sessão consecutiva, ditando o pior arranque de ano do PSI-20 desde 2016. Com oito cotadas em queda, nove em alta e uma inalterada, o principal índice nacional perdeu ligeiros 0,06% para 5.226,97 pontos.

Na Europa, a maioria dos índices já segue em alta, com as ações a beneficiarem com a mensagem mais conciliadora de Donald Trump, que discursou esta tarde sobre o conflito recente com o Irão.

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, sobe 0,11% para 418,13 pontos.

Por cá, a Galp, a Navigator, a REN e a Nos foram as cotadas que mais contribuíram para a queda do PSI-20. A petrolífera desceu 0,35% para 15,60 euros, enquanto a REN desvalorizou 1,47% para 2,68 euros, depois de o Goldman Sachs ter cortado a recomendação da empresa portuguesa de "neutral" para "vender" e o preço-alvo de 2,75 para 2,45 euros.

"Reduzimos a recomendação da REN em antecipação a um desafiante 2020, pois esperamos que as mudanças regulatórias no transporte e distribuição de gás contribuam para um corte de 10% nos ganhos com o setor eólico", escreveu o analista do banco de investimento norte-americano, Alberto Gandolfi, na nota de "reserach" a que o Negócios teve acesso. 

A Nos caiu 0,74% para 4,832 euros e a Navigator desvalorizou 1,04% para 3,436 euros. Ainda neste setor da pasta e do papel, a Altri recuou 0,6% para 5,755 euros, no dia em que a espanhola Fidentiis Equities reiniciou a cobertura das ações com um preço-alvo de 6,05 euros e a recomendação de "manter".

Pelo contrário, a evitar maiores descidas estiveram o BCP, a ganhar 0,8% para 20,25 cêntimos, e a EDP, a subir 0,58% para 3,823 euros, depois de o HSBC ter aumentado o preço-alvo para as ações da elétrica para os 4,40 euros por ação, uma melhoria de 20 cêntimos face à avaliação anterior, segundo uma nota de "research" a que o Negócios teve acesso. A recomendação manteve-se em "comprar".

"Mantivemos o nosso 'rating' de 'comprar' para a EDP, uma vez que acreditamos que o mercado continua a subestimar os ativos não renováveis da EDP e as operações fora do Brasil e devido à clareza regulatória na Península Ibérica e ao ambiente de baixas taxas de juro, que vai continuar a favorecer ações mais defensivas como a EDP", disseram os analistas do HSBC, numa nota. 

(Notícia atualizada às 16:55)