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Preocupações com guerra comercial pressionam Wall Street

Depois de três sessões em alta, as bolsas norte-americanas voltaram a terreno negativo devido às perspetivas mais pessimistas para um acordo comercial entre os EUA e a China.

Reuters
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As bolsas americanas fecharam a semana em queda, a refletir as novidades em relação às relações comerciais entre os EUA e a China, mas também um novo foco de instabilidade: a crise política em Itália.

Ainda assim as quedas foram contidas, com os índices longe das variações registadas nas sessões anteriores desta semana, em que as quedas e as subidas foram acentuadas. O Dow Jones desceu 0,34% para 26.287,44 pontos, o Nasdaq caiu 1% para 7.959,14 pontos e o S&P500 cedeu 0,66% para 2.918,65 pontos. 

 

No acumulado da semana o saldo foi negativo, com os índices a marcarem perdas entre 0,27% (S&P500) e 0,75% (Dow Jones).

 

A última sessão da semana ficou marcada pela notícia, avançada pela Bloomberg, de que a Casa Branca está a adiar uma decisão para conceder licenças a empresas americanas para retomarem os negócios com a Huawei. Paralelamente, o presidente norte-americano declarou que os Estados Unidos "não estão preparados" para assinar um acordo comercial com a China. Estas informações preocupam na medida em que podem representar um escalar das tensões entre Washington e Pequim.

 

A pesar no sentimento dos investidores esteve ainda o facto de Itália estar à beira de novas eleições, depois de Matteo Salvini ter anunciado uma rutura da coligação que sustenta o Governo, provocando eleições.

 

"A incerteza política na Zona Euro está a acrescentar mais uma variável com a qual os mercados têm de lidar. Isso, conjugado com os números do PIB e a guerra comercial, está a provocar uma indigestão aos investidores", realça Andre Bakhos, da New Vines Capital, à Reuters.


"Até que tenhamos respostas tangíveis sobre o que é que a administração [de Trump] vai fazer em relação à China vai ser uma ameaça no mercado, provocando muitas oscilações", acrescentou.

Em destaque estão as ações da Uber, ao deslizarem 6,82% para 40,05 dólares, depois da tecnológica ter revelado que registou um prejuízo de 5,24 mil milhões de dólares no segundo trimestre, um valor que superou as estimativas dos analistas. 

A luso-britânica Farfetch foi um dos destaques negativos da sessão, com as ações a afundarem 44,49% para 10,13 dólares, depois de ter apresentado resultados e perspetivas que surpreenderam pela negativa os investidores. 

 

A DXC Technology afundou 30,46% para 35,91 dólares depois da companhia de tecnologias de informação  ter cortado as suas previsões para os lucros e receitas deste ano.

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