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Obras em África dão maior salto à Mota-Engil em mais de dois anos

Os títulos da construtora dispararam mais de 10,5%, em reacção aos contratos adjudicados e assinados pela Mota-Engil em África.

Bruno Simão/Negócios
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As acções da Mota-Engil dispararam esta quarta-feira, 14 de Junho, reagindo positivamente aos contratos adjudicados à construtora portuguesa em África.

 

Os títulos subiram 10,75% para 2,668 euros, numa sessão em que chegaram a valorizar um máximo de 12,49% para 2,71 euros. A subida desta quarta-feira é a mais pronunciada desde 13 de Janeiro de 2015, dia em que dispararam 18,23%.

 

Esta evolução acontece depois de a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins (na foto) ter anunciado, após o fecho da sessão de ontem, a adjudicação e assinatura de um contrato de 210 milhões de dólares (cerca de 187 milhões de euros) com a Société AngloGold Ashanti de Guinée SA, uma subsidiária da AngloGold Ashanti Limited.

 

No mesmo comunicado onde revela que será a fornecedora exclusiva de serviços de mineração àquela empresa, na República da Guiné, a Mota-Engil informa ainda que, nos últimos tempos, foram adjudicadas ao grupo diversas outras obras em África, incluindo contratos de cerca de 130 milhões de dólares em Angola.

 

A juntar a esta notícia, a construtora confirmou que o mega-projecto que vai ter em Moçambique, no valor de 2.389 milhões de dólares, foi agora assinado."Estima-se que após este importante passo o arranque da obra possa ocorrer em 2018, concluídas que estejam as negociações do cliente para o financiamento do projecto", refere o comunicado da construtora.

Já na sessão de terça-feira, a Mota-Engil ganhou 3,75%, depois de ter acumulado uma descida de quase 14% nas quatro sessões anteriores. 

 


Analistas reconhecem forte potencial de subida

 

A notícia da adjudicação e assinatura dos contratos em África foi aplaudida no mercado pelos investidores, mas também pelos analistas que a consideram "positiva", sendo o mega-projecto em Moçambique o grande destaque.

 

"Se assumirmos este contrato como certo", então "subiremos o preço-alvo para 3,50 euros por acção", refere o Haitong numa nota de análise.

 

Também o BPI refere que, no seu mais recente relatório, que simulou o potencial impacto deste negócio, tendo chegado a uma apreciação de 0,25 euros por acção, que elevaria a avaliação da empresa para 2,45 euros.

 

"Os outros projectos ganhos pela empresa ajudam a suportar as perspectivas de crescimento da região já contempladas nas nossas estimativas actuais (que implicam um crescimento médio composto de 7% nas vendas da região, entre 2016 e 2020). Como um todo, estes anúncios promovem alguma clarificação adicional relativamente à evolução da actividade da Mota-Engil em África, pelo que são bem-vindos", acrescenta o analista José Mota Freitas, que assina a nota de análise do CaixaBI.  

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